sexta-feira, 20 de março de 2009

Quem (?) & Kid Enfrentam os Poderosos Parte 09


CRÔNICA DA ESPECULAÇÃO ANUNCIADA OU A FAVELA CHIQUE AVANÇA

Assim que surgiu "Morte" sofreu assédio da imprensa



Um jogo de cartas marcadas. Esta é a leitura que se pode fazer do resultado da votação do dia 16 de março de 2009, que fez avançar a implantação da Favela Chique do “Pontal do Estaleiro” na cidade de Porto Alegre. Até parece que alguns vereadores “cabeças de bagres”, os a favor, andaram tomando aulas de uma refinada dissimulação de algum estrategista do mal. Pois, se fossem depender da própria inteligência com certeza o resultado seria tão ruim quanto seus deploráveis discursos.

Vamos aos fatos:

1. O prefeito inovou ao aplicar ao processo legislativo municipal e o efeito sanfona. Isto é, vetou o projeto de lei que permitiria a construção da Favela Chique. Em seguida, reenviou praticamente o mesmo projeto vetado de volta à Câmara (foram feitas alterações significativas). Também, no projeto do prefeito existe previsão da consulta popular. Livrando-se de ter que descascar o abacaxi, demonstrou falta de personalidade. Até agora não se sabe sua opinião sobre o assunto;

sem medo Reporter entrevista "Morte de Plástico"

2. A Câmara, através de seus órgãos diretivos e por temer a opinião pública tratou de acelerar os trabalhos de trâmite da Favela Chique. Comprovando a velha tese conhecida pela grande maioria de nossos cidadãos, de que nossos políticos só demonstram eficiência quando agem em proveito próprio (fato mais do que notório), sempre sob alegação de estar fazendo bem para alguém, neste caso, para a cidade. Mas, o que eles defendem realmente, são os interesses de uma minoria que irá habitar o pontal e os interesses de um loby empresarial, ansioso pelo lucro evidentemente especulatório;

vereadores sob a vigilância dela

3. Notas curtas na imprensa anunciaram a votação na câmara do veto do prefeito 09.02.2009. Uma segunda feira, período de férias. A rede de comunicação mais conhecida da cidade e seus jornais, tendenciosamente se omitem sobre a questão. Se o faz é para apenas escancaradamente exaltar as pseudo benesses do empreendimento. Também, não é de se estranhar. Pois é conhecida no meio jornalístico pela forte censura interna que imprime a seus colaboradores. Resultado foi o plenário vazio e a confirmação do veto;
Graças às manobras governsitas o plenário estva vazio

4. O efeito Fogaça-sanfona se consumou. O “novo“ projeto entrou para pauta de votação da câmara. Um escandaloso projeto grosseiramente repaginado pelo “Prefeito”, já veio privilegiar ainda mais a moradia dos bacanas. Mais uma vez a sessão foi marcada em cima da hora e as poucas notas que saíram na imprensa foram mirradas. Procurei no site da Câmara a pauta da votação, no dia em que esta ocorreria e propositalmente a agenda da sessão do dia 16.03.2009 não havia sido publicada. Fiquei sabendo por acaso. A estratégia dos especuladores funcionou. A votação de um projeto tão importante para cidade tinha uma platéia praticamente vazia. E os vereadores puderam exercer sua vilania sem maiores pudores.

5. O projeto do Pontal foi aprovado com votação esmagadora a favor. Aprovado e com requintes maquiavélicos. Pois, foi inserida a emenda que diz que na falta da consulta popular em 120 dias prevalecerá o projeto sanfona do Prefeito BOCAÇA. Este artifício se constitui um legítimo golpe baixo.

Já sabíamos que a trairagem ia correr solta. Bem como, sabemos as que regras para a tal consulta serão elaboradas por nossos comprometidos vereadores. Inclusive, se obstaculizarem a consulta o projeto do mal triunfará. Temos plena consciência de que a chave do galinheiro foi entregue à raposa. Mas, nem por isso, Eu e Kid, deixamos de comparecer àquela trágica sessão plenária. Nem por isso deixaremos de expressar pelas ruas da cidade nossa indignação pela privatização das margens do Guaíba e nem por isso nos acovardaremos diante da máquina especulativa. Lutaremos até o final.

FALANDO DA "MORTE DE PLÁTICO"
foram muitas as entrevistas


A Morte de Plástico, na forma da Especulação, não faltou à sessão que aprovou o projeto do Prefeito Bocaça. Estava lá, linda, leve-solta aprovando qualquer gesto de seus colaboradores vereadores. Cada vez mais convencida, por onde ela passou monopolizou olhares e comentários.

Muito assediada pela imprensa, concedeu muitas entrevistas, estampou a contracapa do “O Sul”, apareceu na maioria dos jornais e TVS locais, no clic RBS no seguinte Link:


Realmente, a Morte, provou que é uma “Super Star”. E como tal, muitos boatos circulam em sua órbita. Correu um boato pelos corredores da câmara de que ela ficará um pouco mais na cidade para trabalhar na campanha a favor da Favela Chique. Também, disseram, que ia destruir o Guaíba e a moral dos ambientalistas, ato se tornou para ela questão de honra. Outro boato dá conta de que ela está acertando uma performance com grupo de rock da cidade.

Não se enganem com a Morte. Ela é sorridente; mas acima de tudo é muito competente. Cruzei com ela no saguão e lhe disse: - Como você é inteligente, Morte. Seus aliados estão trabalhando direitinho!
Ela, simplesmente me respondeu: - Não sou inteligente, sou é muito velha... Contar com eles é muito fácil. A única diferença é pra onde vou mandá-los quando tivermos nosso encontro final. Em vez de mandar pro cara de cima, mando pro de baixo. (risos...)
                                                                                                       Vereador   Dib cumprimenta a Especulação

Fiquei curioso com os boatos, aproveitei e fiz outra pergunta: - E esse negócio de rock? - Olha, Quem (?), tem até um estilo de rock com o meu nome o “Death Rock”, uma coisa situada entre o Ghotic Rock e o Punk Rock. Te dou alguns exemplos: the cure, Bauhaus, sister of mercy, joy division… Já fui muito fã, nas antigas, do David Bowie...(risos...). Já com Igg Pop, minha relação era de pura amizade. Além disso, pelo desejo da fama ou das drogas, sempre caía um ou outro amigo dele em minhas mãos. O negócio do rock é muito bom para sacudir o esqueleto (mais risos...), me mantém mais jovem. Só trabalho com o rock por puro prazer, afinal também tenho que me divertir. Essa coisa de trabalho, trabalho, trabalho é muito massante.

"Morte" Comemora a vitoria da bancada Fogacista
A Morte é mesmo é uma criatura surpreendente. Além disso, entende de rock. Fiquei pensando... O que será que ela vai aprontar?

Ao final da votação que deu vitória à Favela Chique, a Morte, se levantou brandiu a foice da especulação e gritou: -GANHEIIII!

Para quem tinhas dúvidas, quanto à ligação da Morte com os vereadores, durante a sessão ela abanou e mandou beijos para seus aliados. Haroldo disfarçou. Mas, adorou... Brasinha se divertiu... João Dibb, quando deixava a Câmara, em sua lambretinha, a cumprimentou como se fosse um amigo íntimo.


A CONSULTA POPULAR SOBRE A IMPLANTAÇÃO DA FAVELA CHIQUE “PONTAL”

Com vitórias sucessivas a Favela Chique está próxima a literalmente se concretizar. Isto se a cidade não acordar e lutar pela preservação das margens do Guaíba, que está sob ameaçada do interesse econômico de uns poucos. Eu, Famoso Quem (?) e Carbon Kid colocaremos nossa criatividade artística à disposição deste pleito. Faremos tudo que estiver ao nosso alcance para barrar a especulação escancarada, alertar e informar a população. Quanto à consulta popular, corre-se o risco da fraude. Pois, sua execução depende daqueles que publicamente estão comprometidos com interesses dos empreiteiros. Espera-se que a cidade fique vigilante, e não deixe ser erguida nas margens do Guaíba uma “Favela Chique”.



Será que o Rio Guaíba tem chance? 

terça-feira, 17 de março de 2009

Quem (?) & Kid Enfrentam os poderosos Parte 08


A GRANDE ESTRÉIA DO PERSONAGEM "MORTE DE PLÁSTICO" (Audiência Pública 05.03.2009 )
Por Carbon Kid


Ele deu vida à "Morte"

Um dia ventoso. Eu, Carbon Kid, e o Famoso Quem (?), nos aproximávamos da Câmara Municipal para analisar o ambiente. Tínhamos a expectativa de censura, já que na nossa última vez na Câmara havia sofrido o tal desrespeito à Liberdade de Expressão.


Não temíamos ou se quer pensávamos em recuar. Em minhas mãos uma pequena sacola preta. Dentro dela uma idéia mirabolante. Embora pequena aquela sacola, continha uma grande idéia que atingiria a todos os presentes na audiência pública sobre o Pontal do Estaleiro, principalmente os vereadores aliados da falta de moral e ética.



Já dentro da Câmara, na sessão pública, os inscritos apresentavam seus pontos de vista sobre o famigerado projeto Pontal do Estaleiro. Na defesa do projeto os discursos vinham dos pelegos e copinhos dos vereadores. Muito "bate-boca". Vejam só a elegância do Aroldo de Souza.



Então, por uma injeção de adrenalina e revolta provocada pelos discursos “incoerentes” dos defensores da especulação “Pontal”, decidi que a nossa intervenção deveria começar. Com o apoio de nossos colegas da ecologia, que estavam na última fila do plenário, empunhando uma faixa de protesto, vesti a mortalha. Enquanto eles erguiam a faixa, atrás dela, “Quem (?)” fazendo às vezes de camareiro, me ajudou, rapidamente, a colocar todos os paramentos da “Morte”.


Ao sair de trás da faixa estava consumada a estréia do personagem “A Morte de Plástico”, que veio em sua primeira aparição na cidade de Porto Alegre, na formada especulação. “Ironizando e interferindo, nenhuma palavra era necessária! A performance dizia tudo. A especulação foi até a Câmara apoiar seus aliados Vereadores! Com a foice da especulação decepava as cabeças dos ambientalistas, estudantes, dos cidadãos defensores da boa qualidade de vida da cidade. Ameaçada pela fraude, pela especulação depredatória,pelo loby empresarial e pelos vereadores apoiadores da favela chique chamada de “Pontal do Estaleiro.”

domingo, 8 de março de 2009

Quem (?) & Kid Enfrentam os Poderosos Parte 07

A "MORTE DE PLÁSTICO" ABRE O JOGO

Durante uma pausa na manifestação, que fazia a favor do Pontal do Estaleiro, na audiência pública, do dia 05.mar.2009, Câmara Municipal de Porto Alegre, a “Morte de Plástico” conversou comigo. Numa conversa franca e aberta revelou-me coisas interessantes sobre seu passado e a importância que atribui ao trabalho dos nossos vereadores que andam fascinados pela ESPECULAÇÃO.

“Morte de Plástico”, fale um pouco do seu passado.

_Veja bem, meu caro Quem (?), O que vou dizer não é nenhuma revelação bombástica. Também, não se trata de nenhuma bravata. Já que sou a coisa mais certa nesta vida. Está tudo registrado nos livros de história, nas antigas mitologias, nos ritos tribais. Venho trabalhando há milênios, sendo muito conhecida na antiguidade, principalmente na Grécia antiga. Quando o apóstolo João me redescobriu em sua terceira visão, eu já fazia muito sucesso.

Por sinal, sou bem mais antiga que o barbudo de Nazaré. Sou um cavaleiro do apocalipse, tenho um cavalo baio e minha missão é extirpar a vida do homem. Para ele (João) trabalhamos para “Deus” (risos discretos...). Minha missão é a morte, coisa que me satisfaz a qual faço muito bem. Na maioria das vezes trabalho sozinho, mas quando me junto com meus irmãos o resultado é bem mais legal.


Tenho três irmãos, todos cavaleiros do apocalipse, como eu. Um é o da Conquista, às vezes o chamam de anti-Cristo, ele tem um cavalo branco. Em sua representação mais freqüente segura o arco, terror do mundo romano no século I. Outro tem por missão a Guerra (sangue, assassinato) é sempre visto num cavalo vermelho. Tenho ainda outro irmão, o do cavalo negro, este luta pela peste (também conhecido como: cavaleiro da obscuridade; da maldição). Segura uma balança, representando o colapso econômico, que levaria a uma alta do preço dos alimentos, por conseguinte a fome. Por isso, “Quem (?)”, tu deves entender, que não são meras coincidências os fatos estão acontecendo nos últimos anos. Eu meus irmãos somos muito competentes no trabalho e estamos dispostos a por um fim neste mundo. Afinal trabalhamos pro cara lá de cima.

Não estou me gabando ao exaltar nossa competência. Se você perceber, cheguei na terra brasilis, com meu irmão, o cavaleiro da “Conquista”, na companhia dos colonizadores europeus. Na época a população indígena era de aproximadamente de 5 milhões de índios. Fizemos um excelente trabalho se você comparar com os números atuais da população indígena. Em 500 anos de história exterminamos cerca de 50.000 índios por ano. É ou não é, ma prova de serviço eficiente de qualidade, meu caro “Quem(?)”?   (sorriso de cantinho...)

Hummmm... Lembrei, agora... Na idade média, século XIV, eu e o cavaleiro da peste fizemos um alvoroço tremendo. Matamos, no mínimo, uns 25 milhões de pessoas, tem até gente que acredita que somando com Ásia este número tenha chegado à casa dos 75 milhões de viventes. Todos flagelados pela “Peste Negra”. Que tempo bom!

Diante desta rápida explanação, “Morte”, vejo que você é determinada e incansável no trabalho. Mas, conte-nos agora, porque se auto- intitular: “Especulação”?

_Olha “Quem(?)”, eu até ia te corrigir. Especulação não é uma nova face da Morte. Já usei este artifício no começo do século passado. Eu explico melhor. No final do século XIX, a revolução sanitária, fez com que eu tivesse uma curva decrescente na minha demanda de trabalho. No popular, morreu menos gente. Meu irmão, o da peste, andou relaxando no trabalho. Como a única coisa que não mata é serviço. Convoquei o Cavaleiro da Guerra. Ele armou uma escaramuça internacional no começo do século XX. Que culminou, em 1914, com o assassinato do arquiduque austríaco Francisco Ferdinando. Num atentado terrorista de um grupo sérvio chamado de “mão negra”. O estopim da primeira guerra mundial. Que belezura! Morreram 10 milhões de pessoas no conflito. Um belo resultado, mas não fiquei satisfeito.

Por isso, contratei Stalin, para dar uma força na Rússia. Ele, sob o comando do cavaleiro da guerra, me surpreendeu me trazendo a quantia inimaginável de 17 milhões de mortes. Isto é que é um “camarada de reponsa”.

Hummm... Eu estava falando de especulação... Após a primeira guerra mundial a humanidade sofreu grandes e rápidas mudanças em todos os campos do saber. Sabia que a sofisticação acabaria por fazer com que o cavaleiro da guerra perdesse um pouco sua importância. Então chamei o cavaleiro da peste, que também serve ao obscurantismo, e lhe disse: - “Vá para o mercado financeiro e compre tudo que puder pelo dobro de preço”. Foi batata. Todos passaram a pensar que o lucro alto e fácil era possível se você tivesse ações nas bolsas de valores. E os investidores passaram a se engalfinhar para adquirir ações sem se importar se as empresas de quem compravam títulos poderiam restituir as importâncias investidas. Pagava-se por um valor alto ditado pela o espírito da Especulação. O resultado foi uma super valorização dos papéis, que ficaram com valores fora da realidade. Então, em 29 de outubro de 1929, caiu o pano e bolsa de Nova York teve uma perda de 90% nos negócios realizados. Este dia para mim foi inesquecível e ficou conhecido com ”Black Tuesday”. Milhões de pessoas no mundo perderam seus empregos e foram morar nas ruas. Houve uma agradável epidemia de suicídios entre empresários. Mas o mais importante, a fome e a inflação que se seguiram, fez reabrir as feridas deixadas pela primeira guerra mundial, escancarando as portas para um novo e mais sangrento conflito mundial: a segunda grande guerra.


29 de outubro de 1929






Note meu querido “Quem (?)”, como a Especulação é poderosa... Fez um brutal guerra renascer e mais uma vez manchar de sangue a história do homem numa proporção que ocidente jamais tinha visto. Quanto ao número de mortes na segunda guerra, posso afirmar com orgulho que amealhei cerca de 46 milhões de pessoas. (mais risos...) 

Muito bem, “Morte de Plástico”. Poderia nos falar por que veio a Porto Alegre e qual sua relação com os vereadores da capital?

- Primeiro, devo dizer que vim pessoalmente ao sul em 1845, buscar os lanceiros negros do General Neto, mortos na emboscada do “Serro dos Porongos”. Adoro a traição. Esta falta de caráter todos os dias me manda alguns fregueses e você sabe, “Quem (?)”, que eu não sou capaz de rejeitar ninguém. Atualmente no oriente médio eu apenas supervisiono a matança. Eles possuem tanto ódio um pelo outro que às vezes tenho até ciúme por não precisar dar aquela empurradinha. O mercado financeiro, no momento está a cargo do cavaleiro negro, “a peste”. Parece que ele está fazendo muitos progressos. Não demora, estou colhendo as primeiras almas das vítimas do colapso mundial.



Escolhi Porto Alegre, porque é capital dos gaúchos. Sei da fama da retidão de caráter deste povo. Não iria à Brasília, por exemplo. Lá, Collor, Sarney, Calheiros já fazem muito por mim a “Morte de plástico”. No norte do Brasil, que é terra sem lei, os comandantes do desmatamento estão abrindo caminho para o cavaleiro da Peste, o cavaleiro da guerra às vezes aparece por lá. Mas, é claro que o cavaleiro do sangue derramado dá mais atenção aos judeus, palestinos, iraquianos, americanos e talibãs. Uma vitória minha, “Morte”, em Porto Alegre, um dos poucos redutos de sanidade do Brasil, significa desmoralizar os gaúchos. Por isso, vim aqui mostrar minha cara, ajudar na destruição do Guaíba. Desejo, que a maioria das pessoas moradores da cidade sintam que as suas vontades não valem de nada frente à força do dinheiro e interesses espúrios. Para concluir: se o meio ambiente estiver destruído, descaracterizado, impróprio para o convívio do homem, melhor, mais acelerado será fim do povo gaúcho. (risos neuróticos...)

E, quanto aos vereadores?


- Sei que muitos deles são discípulos do capeta. Arrivistas de primeira linha, a idéia do lucro fácil os transformam em meus grandes aliados. Sabe como é “Quem (?)”, com tantos anos de profissão, não costumo me enganar, conheço um canastra assim que coloco a foice sobre ele.

Quem são seus amigos na Câmara?

- Não posso dizer, por questões de sigilo profissional, também acho que a divulgação desta informação seria prejudicial aos negócios. Apesar de alguns deles serem conhecidos e portadores de trajetória notoriamente suspeita. Se você olhar fixamente para alguns deles verá em seus olhos as chamas da ganância cintilando como brasas ardentes.

Quanto tempo pretende ficar na cidade?

- Olha meu caro “Quem (?)”, pretendendo ficar instalado aqui por pouco tempo. Estou sentindo que a maioria dos vereadores de Porto Alegre estão capacitados para levar minha bandeira adiante. Pois, percebe-se que eles são pós-graduados em especulação e demagogia. Por quê? Você gostou da minha companhia? (riso amarelo...) Calma, amigo “Quem (?), você é pessoa do bem... Seu encontro comigo, quem escolhe hora e dia é cara lá de cima. (risos debochados...)


quinta-feira, 5 de março de 2009

Quem (?) & Kid Enfrentam os Poderosos Parte 06



Prezados Amigos:

Famoso Quem (?) , conseguiu uma entrevista exclusiva com a Morte de Plástico, que veio a Porto Alegre apresentar sua nova face: "A Especulação".

Numa conversa franca e aberta, ela revela detalhes sobre seu passado, suas expectativas para futuro e os motivos que a fizeram largar suas ocupações no oriente médio, África e mercado financeiro internacional para apoiar a destruição do Guaíba.Aguardem...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Quen (?) & Kid Enfrentam os Poderosos Parte 05




Primeiro como aperitivo, veja-se o curioso bilhete afixado num dos banheiros da Câmara Municipal de Porto Alegre

Agora, sim...

A Abertura da Legislatura/Desdobramentos do Causo “Pontal do Estaleiro”

 

Legislatura, para os menos informados, legislatura corresponde ao período de atividade da câmara desde a posse dos vereadores até o término de seus mandatos. Tempo em que nossos integrantes do poder legislativo exercem sua nobre função como guardiões dos interesses povo, de quem são fiéis (?) representantes (?). Geralmente, a abertura de uma legislatura é feita em sessão de caráter solene.

A Abertura da Legislatura Câmara Municipal de Porto Alegre em 04.02.2009

A nossa foi solene somente nos primeiros momentos. Discursos, saudações, o prefeito em exercício, em ataques de otimismo, alardeava obras, para o desenvolvimento da cidade. Vai ter dinheiro do PAC, ele com certeza não têm o desejo de perder sua parte na gerência destes negócios (projetos dupla Grenal / Pontal). Terminado o intróito “para inglês ver”, desceu do palanque para retirar-se do recinto.

“Não falou nada sobre as tampas de bueiro rebaixadas por toda cidade/abalos do solo na Álvaro Chaves/Falta de manutenção e segurança de parques e praças públicas/semáforos mal localizados/corredores de ônibus centralizados e não ao longo da calçada/Baltazar demora e “barberagem” na execução da obra/plano diretor que caminha para a sucumbência a interesses corporativistas/os problemas crônicos no sistema de saúde/falta de fiscalização em desmanches e depósitos que compram fios derretidos que são devolvidos às fábricas via caixa 2/ “espraiação” das firmas de segurança particular, notoriamente contrárias aos mandamentos constitucionais/ o parco incentivo às atividades culturais/ a inexistência de sólida política educacional ambientalista.”

Ficou parecendo, que o prefeito em exercício, governa uma cidade perfeita e de altos negócios, uma que não a nossa mui amada cidade de Porto Alegre.

Leitura da pauta

Terminado isto, começou na mesa diretora dos trabalhos, leitura de pauta, requerimentos, que nenhum vereador se quer prestou atenção. Uma leitura formal. O prefeito em exercício, usando de falta de educação atendeu ali mesmo aos holofotes da imprensa. Poderia fazê-lo noutro lugar para mostrar respeito. Mas, não. Pessoas falando pra ninguém. Muitos desarquivamentos e PEDIDOS DE DIÁRIAS/ PASSSSSSSAGENSSSSSS AÉREAS...

vereador discursa para ninguém...
Então, os discursos das lideranças partidárias saldando a abertura da legislatura. Vereadores conversam em grupelhos. Tagarelam, dão risadas e ninguém presta atenção ao colega que discursa. É como se o discursante “FALASSE CÁS PAREDES”. Falta de coleguismo, desrespeito com o dinheiro público, já que para realizar aquela pantomima gastam-se energia elétrica para manter um sem número de refletores de alto consumo e refrigeração suficiente para meia dúzia de escolas, bem como um número de seguranças maior que três casas de bingo reunidas. Tudo para um infeliz fazer declarações para seus pares que se quer prestam atenção. Apenas a platéia, que à espera de boas novas, aos poucos vai também perdendo interesse pelos pobres discursantes.

É duro ser vereador...


Temas de alguns discursos:

Um vereador apresentou condolências a político, que perdeu o filho de 19 anos. Belas palavras para um justo penar. Eu e alguns na platéia comentamos o dom da oratória do palestrante. Ele demonstrou sentimentos autênticos. Pelas suas respeitosas palavras recebeu quatro aplausos perdidos no ambiente.



Outro, em primeira legislatura, levou algumas páginas, que lia nervosamente como um colegial errando as vírgulas. Esse passou até do tempo concedido. Mas, mostrou personalidade. Leu sua xuraminhonga até o final. Mesmo diante do desinteresse de seus pares.


Já um terceiro, dito macaco velho na política, aproveitou para falar do balanço da Prefeitura. Tudo bem, se não fosse apenas para fazer link com o governo Lula. Ele pode falar mal de quem quiser. Mas, ele é pago para fiscalizar os atos do prefeito e não os de Lula. Poderia fazê-lo em outro local, já que tem visibilidade pública, seria mais produtivo para a cidade.


Muita agitação, trabalho que é bom...





Resumo da Ópera: Assim caminha a nossa “Democracia Representativa(?)”.

Kid faz break pra aguentar o palavrório


A Especulção tem amigos na Cãmara



Desdobramentos no Causo do “Pontal do Estaleiro”

Depois da lamentável sessão de abertura da Legislatura do parlamento municipal. Os vereadores e o prefeito em exercício imprimiram celeridades nas suas ocupações. Com a cidade vazia, em razão do verão, trataram de encaminhar assuntos importantes para fugir de possíveis polêmicas. Foi o que aconteceu com a votação do veto do prefeito ao projeto do Pontal. Nos poucos dias que antecederam a votação apareceram somente pequenas notas nos jornais, assim a grande parte da população se quer ficou sabendo. E a data marcada foi para 09 de fevereiro de 2009.


Neste dia pairou no ar um clima de “algo de podre no reino da Dinamarca”, na câmara e o resultado foi pela manutenção do veto com o seguinte placar:



27 votos favoráveis, três contrários e quatro abstenções. Os vereadores João Antonio Dib (PP), João Carlos Nedel (PP) e Ervino Besson (PDT) abstiveram-se da votação e os vereadores Bernardino Vensdrusculo (PMDB), Haroldo de Souza (PMDB), Elias Vidal (PPS) e Reginaldo Pujol (DEM) votaram contrários à manutenção do veto.


Mas, quando a esmola é demais o cego desconfia... O prefeito vetou, mas enviou o mesmo escandaloso projeto de volta à câmara com uma única diferença, a necessidade de consulta popular para a execução do projeto Pontal do Estaleiro e (ou) Favela Chique.


Uma audiência pública foi marcada para tratar do assunto no dia 05 de março na Câmara de vereadores. Estaremos lá para conferir e lutar pela saudável relação do cidadão com o Lago Guaíba.

É assim que querevos ver as margens do nosso "Rio"



quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Quem (?) & Kid Enfrentam os Poderosos parte 04



Dupla GreNal Esculhamba a Cidade

Eram duas da tarde, a câmara de vereadores estava praticamente vazia, alguns militantes ecologistas estavam presentes. Palavras de Carbon Kid: “- O clima era revoltante a mim, Carbon Kid, tanto pelo calor escaldante da cidade quanto pelo espetáculo (ambicioso e medíocre) reinante na Câmara Municipal de Porto Alegre.” Estava em jogo o projeto da dupla Grenal para inserir Porto Alegre na rota da copa do Mundo de futebol 2014.

Uma panacéia de discursos eufóricos e incoerentes defendia interesses aparentemente vantajosos para a cidade. Mas, que no fundo tinham a ver com interesses especulativos e danosos para o porto-alegrense. As palavras faziam transparecer a outra face de quem as proferia... A face da ganância. Aproveitando-se da possibilidade de haver jogos da copa do mundo na cidade, dirigentes da dupla Grenal e políticos, lançaram-se na implantação de projetos megalomaníacos para seus estádios e arredores. Sem se importar se estes projetos trariam incômodos à população porto-alegrense. Talvez, cegos pelas vultosas comissões, ou o vislumbre de cargos administrativos, ou pelo corporativismo que a ocasião poder-lhes-ia proporcionar.


Quem conhece Porto Alegre sabe que a região do bairro Azenha sofre com o trânsito que se afunila em sua avenida principal. A idéia dos gremistas era construção de espigões no local do atual Olímpico. Piorando ainda mais as condições de circulação de trânsito da região. Felizmente tiveram que baixar a bola e altura no empreendimento. Já que as bancadas por obviedade caíram em si com relação à densidade demográfica com altura de prédios, estrutura viária e sanitária do local. Quanto à nova localização do estádio do Grêmio, como colorado, não estou satisfeito, poderia ficar ainda mais longe. Quem sabe até em outro município ! O Grêmio conseguiu autorização para fazer seus espigões na zona norte. Mas, parece que esta parte do projeto também terá que baixar a bola. Seus prédios invadem a área de escape das aeronaves do aeroporto Salgado Filho.

Já o Internacional queria conturbar o trânsito do bairro Menino Deus, também com uma série de espigões onde se encontra o estádio dos Eucaliptos. Além disso, aprovar uma obra deste porte, sem a devida análise de impacto do solo, sugere um amadorismo irresponsável por parte dos nobres edis (vereadores). Pois, poderia correr-se o risco da fragilização da base de sustentação da hidráulica do Menino Deus, por exemplo. Os mais antigos podem imaginar o que poderia acontecer se mais uma vez esta estação viesse a se romper. O colorado, foi outro que teve baixar sua bola, sob pena de ficar fora da copa. Mas, mesmo assim conseguiu razoável autorização para aumentar seu território, com contrapartidas.

(Outras inconveniências da Instituição Nacional de Futebol repousam no mercantilismo exacerbado de técnicos e jogadores, nos campeonatos suspeitos (Dualib...& Cia), na sonegação do INSS (ganharam loteria pra tapar seus furos – o cidadão comum não tem esta moleza). E, mais recentemente as pessoas deste meio, em nossa cidade, emplacaram uma nova faze: “a da especulação imobiliária”.)

No caso da dupla Grenal, a causo foi mais além. Pois, para realizar estes ingloriosos feitos, seduziram a Câmara de Vereadores com argumentos pseudo-desenvolvimentistas, vindo a alterar a Lei do Plano Diretor da Cidade, afiançados pela paixão do povo pelo nobre esporte bretão. Outro lance de mudança da lei, NA NOSSA CIDADE, em razão de interesses escandalosamente corporativistas travestidos de interesses sociais.

MAIS UMA VEZ A PAIXÃO DO POVO FOI ENGARRAFADA E USADA COMO MOEDA DE TROCA POR ESPERTALHÕES. (A VELHA LEI DE GERSON)

Registra-se, que os dois projetos estão orçados em R$ 300.000.000,00. Contando com os recursos do PAC de Lula em apoio farra ufanista futebolista, mais as colaborações do governo do Estado, a cifra para a execução destes empreendimentos ultrapassa MEIO BILHÃO DE REAIS... EU DISSE MEIO BILHÃO DE REAIS!!!

INDISCUTIVELMENTE ESSE DINHEIRÃO TODO FAZ FALTA NA EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA, TRANSPORTE E SANEAMENTO.

Mover-se-á meio bilhão de reais a pretexto da execução de dois joguinhos de seleções obscuras em Porto Alegre.

Para a sessão plenária de votação dos projetos da dupla Grenal, fizemos cartazes para expressar nossas opiniões. O meu dizia: ESPIGÕES + TRÂNSITO = CAOS. Frase repetida pelo vereador Adei Sell, em seu discurso na busca consenso para aprovar os projetos com diminuição da altura dos prédios. Por uma incrível coincidência, no século passado, Adeli foi meu mestre de Inglês no segundo grau, na escola estadual de Ipanema.

Sugeri que Carbon Kid fizesse um cartaz que falasse diretamente aos vereadores. Ele fez dois, um dizia : DINHEIRO FÁCIL + INTERESSES MEDÍOCRES = TORMENTO SOCIAL! ; o outro?

- Vejam o que aconteceu pelas próprias palavras de KId:

“Ao chegarmos, por um equivoco, fomos parar no lado do pessoal que era a favor do projeto, que nos ofendiam baixinho, isto, aliás, foi muito engraçado.

Já no lado certo, com os primeiros cartazes abertos, vestíamos as camisetas da dupla Gre-Nal. Havia atrás de nós, um grupo de torcedores colorados, que movidos pelo ódio irracional invocaram-se comigo por estar usando a camisa do time oposto. Mas logo o calor me bateu, e tirei aquela camisa, apaziguando os nervosinhos que não perceberam que aquela manifestação não se tratava de futebol, e sim de POLÍTICA URBANA!

E de novo aqueles discursos absurdos...

Então, tomado por um ato de coragem, abri meu segundo cartaz, que dizia: "VEREADOR CORRUPTO" e tinha desenhado um monte de bosta com cifrões o sobrevoando. No mesmo instante o Presidente da Câmara parou a sessão, e mandou que me identificassem e tirassem o cartaz. Todos os olhos e câmeras presentes, se voltaram para nós. Flashes me cegavam e alguém tentava tirar meu cartaz, era um segurança que ansiava por me "aconselhar" na sala da segurança.

O Presidente cometeu um atentado contra minha sagrada cidadania brasileira, ao ordenar que seguranças me identificassem e recolhessem meu cartaz. Cerceou minha liberdade de manifestar meu pensamento. Tudo isto, bem em frente à imprensa e público presente. Constrangendo-me, cometeu sério atentado contra a liberdade de expressão, direito que é garantido a todo cidaddão brasileiro, pelo Artigo 5º, incisos IV e IX , da Constituição da República do Brasil, de 5 de outubro de 1988.


Pelo ato de coragem de se expor tão abertamente na cova dos leões, Carbon kid recebeu cumprimentos de inúmeros presentes.
A corrupção no Brasil é um assunto notório amplamente divulgado pela mídia. Também é velha conhecida da população. Haja vista, a infindável seqüência de escândalos envolvendo nossos políticos da terra brasilis. Aliás, alguns dias atrás, um Político renomado, o Dr. Alceu de Deus Collares afirmou em TV aberta que 90% de nossos políticos SÃO CORRUPTOS! Sendo um político experiente e renomado sua afirmação só pode ser merecedora do mais alto crédito... Portanto, o cartaz de Carbon Kid não trazia nenhum absurdo ou novidade. Estava no lugar certo e enquadrava-se plenamente no contexto!

A propósito a escaramuça de Carbon Kid, foi mui bem flagrada pelas lentes da RBS. Assista o grande lance de Kid dando um jogo de corpo e consciência cidadã no segurança da Câmara Municipal de Vereadores, acessando o Link ( "ESSE EXAGEROU...") a seguir:






Nossos agradecimentos aos fotógrafos e ecologistas Eduíno; Cezar do Fórum Municipal de Entidades, que cederam as imagens de Kid sofrendo atentado contra sua liberdade de expressão.




Na postagem seguinte: A confirmação do veto do prefeito e a consulta popular sobre a ocupação habitacional da orla por condomínios de luxo.



A especulaão adora os projetos da Dupla GreNal

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Quem (?) & Kid Enfrentam os Poderosos Parte 03



PROTESTOS NA 54º FEIRA DO LIVRO


Todos nós, favoráveis ao desenvolvimento racional da cidade Porto Alegre, não nos sentimos derrotados com a aprovação do projeto do Pontal (12.11.2008). Haveria ainda um trâmite legal para sacramentar a decisão do parlamento municipal (apreciação do prefeito) para transformar esta barbaridade em lei. Neste ínterim, poderíamos continuar a luta pelo acesso irrestrito do cidadão porto-alegrense às margens de seu amado Rio Guaíba. Uma questão emblemática para reconstrução do vínculo do cidadão com o Rio.

Até, por que a sessão que aprovou o projeto repercutiu muito na imprensa, sendo considerada, por muitos, como histórica pelo embate passional travado entre vereadores e vereadores; e vereadores com manifestantes contrários. O barulho foi tanto, que a cidade acordou para o fato. Virou comentário nas ruas. Criando esperanças para um possível Veto do Prefeito. Sabe como é... Nosso alcaide anda sonhando em ser governador e...

Enquanto, Carbon Kid e Eu, discutimos e nos preparamos para uma nova exposição, no ano corrente, resolvemos nos dedicar à defesa de alguns direitos inerentes à cidadania. Entre eles posso citar: a liberdade de expressão, o acesso à informação, a cultura e ao convívio social saudável em ambiente natural qualificado. Por isso a derrota na câmara nos fez muito bem. Pois, de acordo com um antigo provérbio chinês, a derrota só é bebida amarga se concordarmos em tragá-la. Com este intuito, perseveramos em nossos propósitos e mesmo não fazendo parte de nenhum grupo civil organizado continuaríamos dando nossa contribuição à causa do chamado “Pontal do Estaleiro”.

Pensando numa oportunidade de manifestar nossa opinião, em público, lembrei que a Feira do Livro 2008, terminaria no dia 16 de novembro de 2008. A tradição reza que o xerife da feira, Júlio Laporta, encerra o evento percorrendo a feira tocando uma sineta, a este sinal as bancas vão se fechando paulatinamente, tudo é acompanhado pelo patrono da feira, convidados, público e pela imprensa. Neste momento são distribuídas rosas vermelhas às mulheres presentes. Estas imagens são sempre necessariamente mostradas e ou comentadas em todos os órgãos de imprensa. Achei boa esta oportunidade. Invadiríamos este momento com cartazes contra o “Pontal do Estaleiro”.


Pensamos em frases para Carbon fazer 2 cartazes com dizeres diferentes nos quatro lados. Mas, por falta de material ele fez um só que dizia de um lado, “não a favela chique do pontal do estaleiro” e do outro, “pontal do estaleiro especulação escancarada”. Fiquei fulo, se soubesse deste problema teria feito eu o serviço. Mas, pelo menos ele fez com dizeres criados por mim.

No começo daquela tarde fazia muito calor e por conta da trapalhada dele discutimos e ele foi pro gasômetro. Disse, que iria para lá depois, mas antes faria uma passeata de um homem só. Foi um sucesso, quase não podia caminhar, parava para dar incansáveis explicações sobre o que estava acontecendo. Muitas manifestações de apoio.


Desci até o gasômetro onde Carbon me esperava com umas pequenas (garotas). Conversamos demos risada e nos preparamos para o misancene. Como faltava cartaz, improvisei com uma folha de ofício um cartazete de dois lados com os dizeres, porto-alegrense proteste e orla é do povo.

Chegamos na feira e nada de encerramento. Percorremos, com nossos cartazes, várias vezes a feira, sempre recebendo calorosas manifestações de apoio. Por fim, Havia um show de banda pernambucana muito cativante. Peguei cartaz da favela chique e fui dançar em frente do público com uma menina de mais ou menos quatro anos. Ela fazia coreografias e eu repetia e vice-versa. Tinha outras pessoas na roda. O ambiente era de descontração total. A haste do cartaz dobrava parecendo que ia quebrar, mas não. A agitação foi tão boa que o vocalista da banda desceu para dançar com a gente, o carnaval se instalou.
Começou a cerimônia de encerramento. Lá ia, bem a frente do cortejo, o xerife tocando sineta junto do patrono, Charles Kiefer, políticos e expoentes literários. Conseguimos nos posicionar atrás deles. Assim o um bando de fotógrafos e cinegrafistas na nossa frente que registravam o encerramento, também registravam nossos cartazes de protesto. Onde havia câmeras registrando, corríamos para lá e exibíamos os cartazes. Funcionou e bem. Até tentaram nos retirar duas vezes do cortejo, mas rosnei tão forte que o cara viu que era encrenca certa e me largou de mão. Às vezes nos misturávamos com saltimbancos que com uma bandinha acústica tornavam o evento mais poético.

No final do cortejo os políticos e patrono foram discursar e subimos no palanque, sem que percebessem, ficando de novo por detrás deles. Na metade do palavrório fomos descobertos em cima do palco. Tentaram nos expulsar. Resistimos e vieram seguranças. Carbon Kid quase apanhou, intercedi para que isso não acontecesse e descemos do palco, mas ficamos fazendo um vai e vem em frente ao palanque.

Trabalho realizado, enquanto descansávamos da agitação, veio um cinegrafista e nos deu parabéns pelo trabalho.

Ao chegar em casa, Fui assistir o Tele domingo e lá estávamos nós, na reportagem do encerramento da feira. Depois Vieram notícias de aparecimento em outros canais locais de TV. Além disso, nossos cartazes apareceram na capa do Correio e encarte central; no Sul, onde os cartazes aparecem nitidamente.

Mais uma vez sentimos o gosto do dever cumprido. Fomos à feira para divulgar nossa opinião contrária ao “Pontal do Estaleiro” para o público presente e principalmente para imprensa e conseguimos. Dias depois sobreveio a notícia do veto do prefeito ao projeto.





Os literatos presentes também protestaram quebrando a tradição.Em vez de rosas, por corte de verbas, distribuíram marcadores de página, com cartum de Edgar Vasques, uma rosa no papel, presa a um pequeno livro, atrás uma xuraminhonga. Tenho alguns, são históricos.







Também não achei mais no clic RBS o link do Tele Domingo do dia 16.11.2008, entrarei em contato com eles. Se não forem schulleper comigo, em breve publico o link no blog. Na próxima postagem: “Carbon Kid sofre atentado contra seu direito à liberdade de expressão em plena sessão e por ordem do presidente da Câmara de vereadores de Porto Alegre, Vereador Sebastião Mello”.



VEM AÍ: "A MORTE DE PLÁSTICO" HEHEHEHEHE!!!!!! "MORTE DE PLÁSTICO"

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POAemMovimento é coletivo de arte, dedicado a exercer a voz da cidadania, com o uso sem restrição, de toda e qualquer forma de expressão artística.

Advogado e Artista Plástico

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