Mostrando postagens com marcador CarbonKid87. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador CarbonKid87. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 10 de março de 2016

Vídeo de Verão 2016



Leonel Braz integra o POAemMovimento, um coletivo de arte dedicado a exercer a voz da cidadania, com uso sem restrição de toda e qualquer forma de expressão artística. Neste sentido, o coletivo ao longo dos anos vem se dedicando à performance, fotografia e especialmente à produção em vídeo.

As performances geralmente estão ligadas a temas da ecocidadania porto-alegrense, como foi no caso Pontal do Estaleiro, e recentemente na discussão sobre um projeto de Cais Mauá, verdadeiramente democrático.Há espaço para a produção de clipes documentários, cite-se o exemplo o vídeo “Quantas Copas Por uma Copa”:  https://www.youtube.com/watch?v=Tlo7Pq8hAww

Também, momentos líricos porto-alegrenses como o Abraço ao Guaíba: https://www.youtube.com/watch?v=ZNwSThlc88w

POAemMovimento também produz vídeos dedicados a não menos importante prática da contemplação artística, como é o caso dos vídeos da Série “Vídeo de Verão”.  

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Armazém A7 no Bloco do Cais, Cais, Cais 20.02.2016

O grupo Cais Mauá de Todos vem fazendo encontros e manifestações por um Cais Mauá verdadeiramente democrático. O evento "Bloco do Cais, Cais, Cais!", realizado neste dia 20, foi mais destes belos momentos, em que a população porto-alegrense se reuniu para protestar contra o nefando projeto previsto para o nosso Cais.

Atendendo ao chamado da cidadania levamos o Armazém A7 para participar do Bloco do Cais, Cais, Cais. O Armazém A7 encantou a todos levando sua mensagem de resistência com muita alegria, conquistando a simpatia dos presentes por onde passou.

Como é de conhecimento geral, que querem demolir o Armazém 7, patrimônio histórico arquitetônico da cidade, para a construção de um nauseabundo estacionamento de shopping. Com tanta loja fechando pela cidade, os especuladores imobiliários pensam em construir mais um trubufu comercial na Ponta do Gasômetro.

Nós, do POAemMOVIMENTO, acreditamos que o Cais Mauá deveria privilegiar cultura e o transporte de passageiros de toda a grande Porto Alegre. Também,  parte deveria ser reservada ao produtor orgânico de alimentos, que poderia conduzir sua produção  pelas águas do Guaíba até o centro da cidade, eliminando atravessadores, oferecendo alimentos de qualidade a preço justo. (Como já foi no passado)

Já tentaram derrubar a Usina do Gasômetro e o povo se uniu e chaminé está lá. Outro símbolo da cidade, o Mercado Público, também escapou de ir ao chão pelas mãos de um prefeito que queria ganhar uns poucos segundos para os automóveis. O povo se uniu e hoje ele está lá com um dos grandes símbolos da cidade. Agora, dentro do malfadado projeto de revitalização, querem acabar com nosso brother, o Armazém 7. Mas, nós não vamos deixar que isso aconteça!





















sábado, 16 de maio de 2015

Perigo no Calçadão de Ipanema 1 - POA/RS

O calçadão de Ipanema, inaugurado por Olívio Dutra, é uma das joias da cidade de Porto Alegre. Sua simplicidade se harmoniza com a beleza da baía de Ipanema, comprovando que se pode revitalizar a orla do Guaíba sem o auxílio de projetos caros e mirabolantes.

Por estas características é natural que ele se transforme em palco de diversas manifestações da urbanidade porto-alegrense.  Há gente que utiliza o passeio público para esportes, lazer e até para palanque político. O calçadão é uma vitrine da cidade.

Há bom tempo, estivemos num encontro com representantes de Associações do Bairro, da Câmara Municipal e do Executivo e, levamos uma pauta para qualificar ainda mais o espaço.

Lembramos a todos, que nos primeiros mil metros de calçadão, existe apenas uma única rampa exclusiva para portadores de necessidades especiais, sem comunicação com outra na calçada oposta. Coisa inadmissível para moldes contemporâneos. Não bastasse isso, ressaltamos que faixas de pedestres, fora das normas técnicas, expõem a riscos de acidentes idosos, crianças e portadores de necessidades especiais.


Tendo em vista, o uso do calçadão para atividades generalistas e o grande fluxo de pessoas que circulam no local, trazemos de volta estes temas específicos, uma vez que se trata de assuntos de extrema de importância para a segurança direta dos usuários do calçadão. Para tanto, segue este ensaio fotográfico (melhor do que desenhar) para refrescar a memória ou sensibilizar aqueles que ainda não prestaram atenção no assunto. 





















Fotos, texto e edição: Leonel Braz
Performance: Willis Carmo

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Lusco-Fusco/Twiligth

Lusco-fusco é o momento de transição entre o dia e a noite, ou seja o crepúsculo vespertino e o crepúsculo matutino. Também, é o momento do dia proprício à meditação através da simples contemplação do horizonte . Nosso lusco-fusco no caso é no ocaso (pôr do sol) às margens plácidas (tranquilas) das águas do Guaíba.


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

POAemMovimento e Moacyr Scliar



Conheci os romances de Moacyr Scliar na minha adolescência. Na época não sabia muito bem o significado da palavra “surrealismo”. Mas, aquele jeito de contar histórias misturando imagens reais com acontecimentos fantásticos tinha muito a ver comigo, de forma que não foi preciso muito para virar um leitor daquele escritor.

O primeiro livro que li foi “Os Deuses de Raquel”, cujo narrador era o “olho que tudo sabe, que tudo vê”. Perdia o sono pensando naquele misterioso contador da história. O segundo, O Exército de um homem Só, me cativou por ser uma história aparentemente simples na sua essência. No entanto, o personagem principal, Mayer Guinzburg, trazia uma carga dramática muito densa e o desejo dele por um mundo justo me contagiava. Era impossível não torcer por aquele louco revolucionário.


Outra obra de Moacyr marcante para mim foi o “Carnaval dos Animais”. Lembro do conto em que o personagem ia até a BR 290, a nossa Free Way, e lá entrava num estranho nevoeiro, uma espécie de portal que ia dar em Nova York. Passava a noite na Big Aple, retornando a Porto Alegre na madrugada pelo mesmo nevoeiro. O personagem achava aquilo tudo muito estranho, mas não contava à ninguém com medo que o encanto acabasse.

Moacyr era um escritor polivalente, no mesmo instante que nos envolvia com uma inventiva narratória; nas suas histórias descrevia os costumes, hábitos e personagens do Bairro Bom Fim, bairro que concentrou os imigrantes judeus em Porto Alegre, onde morou a vida toda. Também, professoralmente levava o leitor a mergulhar no universo da cultura Judaica de forma absolutamente natural. Assim, palavras como “goy”, “torah”, “bar mitzvá”, “shabat” passaram a fazer parte do meu vocabulário.

Não o conheci pessoalmente, apenas através da sua obra literária. Alguns amigos privaram da sua amizade. O companheiro Sylvio Nogueira, por exemplo, foi colega dele no Colégio do Rosário, Zoravia Bettiol o tinha como um caríssimo amigo. Meu irmão, de quem tomava os livros de Scliar emprestados para ler, durante anos o encontrou no elevador, quando Scliar trabalhava na Secretaria da Saúde.



Palavras de Moacyr Scliar sobre seu método literário:

"Acredito, sim, em inspiração, não como uma coisa que vem de fora, que "baixa" no escritor, mas simplesmente como o resultado de uma peculiar introspecção que permite ao escritor acessar histórias que já se encontram em embrião no seu próprio inconsciente e que costumam aparecer sob outras formas — o sonho, por exemplo. Mas só inspiração não é suficiente".

Quando emprestamos o personagem “Morte de Plástico”, criado por mim e Willis Carmo para o vídeo, que circula no youtube, “Não ao Pontal” de Carlos Gerbase, ficamos orgulhosos que o trabalho iniciava com uma citação de Luis Fernando Veríssimo e terminava com outra dele, Moacyr Scliar. Embora, não haja referência nossa nos créditos do vídeo de Gerbase, os 40 segundos que “Morte de Plástico” aparece no citado vídeo fizeram com que nos tornássemos parceiros dos escritores, cineasta e de todos os participantes daquela obra coletiva.

Transcrição in verbis da frase de Moacyr Scliar para o vídeo “Não ao Pontal”:

“Nossa cidade sempre foi um reduto da consciência ecológica no Brasil, e é importante mantermos a fidelidade a uma luta da qual depende o futuro de nossa população”.

Levar Capitão Birobdjan, personagem central da obra “Exército de Um Homem Só”, até a 57ª Feira do Livro de Porto Alegre, foi um exercício poético cujo resultado nos causou uma imensa satisfação. Trouxemos o personagem do mundo fantástico para a realidade e ele saiu-se melhor do que poderia supor a nossa a nossa vã filosofia.



Os mais de 67 livros publicados por Moacy Scliar dividem-se em vários gêneros literários tais como: o conto, romance, ficção infanto-juvenil, crônica e ensaio.

ROMANCES DO AUTOR

A guerra no Bom Fim. Rio, Expressão e Cultura, 1972. Porto Alegre, L&PM.

O exército de um homem só. Rio, Expressão e Cultura, 1973. Porto Alegre, L&PM.
Os deuses de Raquel. Rio, Expressão e Cultura, 1975. Porto Alegre, L&PM.

O ciclo das águas. Porto Alegre, Globo, 1975; Porto Alegre, L&PM, 1996.

Mês de cães danados. Porto Alegre, L&PM, 1977.

Doutor Miragem. Porto Alegre, L&PM, 1979.
Os voluntários. Porto Alegre, L&PM, 1979.

O centauro no jardim. Rio, Nova Fronteira, 1980. Porto Alegre, L&PM. (Prêmio APCA).

Max e os felinos. Porto Alegre, L&PM, 1981.
A estranha nação de Rafael Mendes. Porto Alegre, L&PM, 1983.

Cenas da vida minúscula. Porto Alegre, L&PM, 1991.

Sonhos tropicais. São Paulo, Companhia das Letras, 1992. (Prêmio Jabuti).

A majestade do Xingu. São Paulo, Companhia das Letras, 1997.

A mulher que escreveu a Bíblia. São Paulo, Companhia das Letras, 1999.

Os leopardos de Kafka. São Paulo, Companhia das Letras, 2000.

Mistérios de Porto Alegre. Artes e Ofícios, 2004.

Na Noite do Ventre, o Diamante. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2005.

Os vendilhões do templo. 2006.

Manual da paixão solitária. Cia. das Letras. 2008. (Prêmio Jabuti).

Eu vos abraço, milhões. 2010

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Algas Marrons e a Arte Efêmera



Caminhando por uma praia do litoral norte gaúcho me deparei com siluetas e miragens desenhadas na areia. 
 
A composição era bastante interessante: as águas da maré, as algas marrons e a areia interagindo, fazendo desenhos que se transformavam a cada avanço e recuo das ondas.


A primeira coisa que me veio à cabeça foi: “arte efêmera”. Saquei a máquina digital e capturei alguns destes momentos. 

Pesquisando sobre o assunto encontrei o seguinte comentário de Mirtes P. Peroger sobre arte efêmera:

“Primeiro contemplar, admirar, observar o que a Natureza já descartou, pois cumpriu seu papel, para então criar, realizar, imprimir ação: agir, interagir, buscar, se perder em meio à beleza, seja ela viva, morta ou... Efêmera! Trabalhar os sentidos, as emoções! Uma abertura de visão para as coisas simples, que estão ali, muita vez sob nossos pés, mas que podem virar "ARTE" em pouco tempo e assim também desaparecer em minutos... Ao primeiro vento, ao sinal do tempo, pela ação dos passantes... É o trabalho interno do "desprendimento" das coisas materiais, restando apenas o momento: através das fotos, que eternizam a arte efêmera.
Um comentário perfeito para descrever aqueles inusitados momentos em que o olhar criativo humano se deparou com a Mãe Natureza fazendo as vezes de artista plástica.
Este encontro com a arte efêmera foi possível graças ao fenômeno conhecido como
mar chocolatão”. Esta expressão é utilizada pelos veranistas gaúchos para designar as condições do mar nos dias em que ele apresenta a cor amarronzada. A visão causa desconforto e preocupação. Poucos banhistas se arriscam a entrar na água.

                                                  foto: gastao30.wordpress.com                                               foto:  skyscrapercity.com
 A cor marrom se deve a uma substância oleosa composta por algas pardas mortas acumuladas no fundo do mar, que de vez em quando se deslocam destes depósitos para as praias e areias do litoral gaúcho. As mudanças de fluxo nas marés, correntes marinhas, ventos e as variações de temperatura são algumas das causas para a movimentação desta substância amarronzada rumo à costa litorânea.



Texto e fotos: Leonel Braz











POAemMovimento

POAemMovimento é coletivo de arte, dedicado a exercer a voz da cidadania, com o uso sem restrição, de toda e qualquer forma de expressão artística.

Advogado e Artista Plástico

Acesse minhas redes sociais: Facebook Youtube Instagram Twitter Breve novidades!

Seguidores

Visitantes