
PAM – Porto Alegre em Movimento orgulhosamente tem o prazer de apresentar:
“A Lenda do RIO Guaíba”
Uma história inspirada em mitos e lendas indígenas, que vem para restaurar o orgulho do porto-alegrense que acredita que o Guaíba é o nosso “RIO”.
Para conhecer esta prosa poética, que pretende se firmar como um grande conto épico sobre nosso “RIO”, clique no Link a seguir e boa viagem!
Sobre o Nosso RIO Guaíba
Em 1998, quando foi editado o ATLAS de Porto Alegre que classificou o Guaíba como um lago, eu Famoso Quem (?), confesso que fiquei seduzido pela idéia. Rapidamente assimilei o conceito.
Cometi grave erro ao facilmente aceitar aquela tese soberbamente encadernada, sem ao menos ouvir as opiniões contrárias. Afinal, não se tratava apenas de uma mudança de conceito geográfico. O assunto mexia diretamente com a identidade da cidade de Porto Alegre, que sempre se orgulhou de seu belíssimo RIO.

É por isso que para os políticos de Porto Alegre é conveniente que o Guaíba seja catalogado como um lago. Desta forma eles podem dispor e transformar o RIO Guaíba e suas margens num balcão de negócios a pretexto de meras políticas desenvolvimentistas exclusivistas. Como no caso da Favela Chique “Pontal do Estaleiro”.
A polêmica Guaíba, RIO ou lago; não é uma “histeria de ambientalistas”, como tentam sugerir alguns de nossos principais cronistas. É uma discussão de suprema relevância, pois a revisão urgente do conceito vigente (lago), pode servir como antídoto contra a ganância depredatória de empresários e políticos de nossa cidade.
Nossa certeza de que o Guaíba é um RIO se fundamenta em critérios científicos, em especial os ensinamentos dos professores Elírio Ernestino Toldo Jr. Professor CECO/IG/UFRGS (Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica) e Luiz Emílio Sá Brito de Almeida Professor IPH/UFRGS (Instituto de Pesquisas Hidráulicas), lições estas passamos a expor no texto adiante:
“Os canais dos Rios Jacuí, Caí, Sinos e Gravataí, convergem para o delta do rio Jacuí, e daí seguem pelo leito do Guaíba como um único canal até a Ponta de Itapuã. É um canal natural com 50 km de comprimento e 8 metros de profundidade, que resulta da captura fluvial e mantém uma largura e profundidade suficientes para permitir a navegabilidade ao longo de todo o seu perfil.
Este canal desaparece no leito da Lagoa dos Patos por soterramento. Aqui a deposição de sedimentos preencheu este canal e canais de outros rios e o cobriu com uma camada de lama de mais de 6 metros de espessura, durante os últimos milhares de anos.
No entanto, ao longo de todo este tempo, o Guaíba com o vigor dos seus escoamentos restringiu a deposição da lama, preservando a forma do canal principal, diferentemente do destino que tiveram os canais no interior da Lagoa dos Patos.
No Guaíba, num rio, ocorre o inverso do que normalmente se observa em um lago, lagoa ou laguna, locais onde a circulação restrita favorece a deposição. No Guaíba prevalecem os escoamentos, que acompanham os gradientes do terreno submerso, numa direção preferencial ao longo de ano todo, para sudeste.
Os fluxos são tão expressivos em volumes e velocidades que o tempo de residência das suas águas, entre a Usina do Gasômetro e a Ponta de Itapuã, é em média de 10 dias. Ou seja, as vazões da rede de drenagem que ingressa no Guaíba são suficientes para renovar as suas águas e transportar os sedimentos suspensos num curto intervalo de tempo, numa escala de fluxos correspondentes aos rios de montante, de modo bem diverso da Lagoa dos Patos onde este tempo é medido em meses.
O canal principal também exerce um controle na distribuição dos sedimentos finos depositados no fundo, preferencialmente ao longo do seu eixo. Lagos, lagoas e lagunas não possuem este modo de escoamento, nem um curto tempo de residência, nem canais controlando a sedimentação.
O Guaíba, além dos seus escoamentos e do canal, possui uma ampla superfície exposta à ação dos ventos que favorecem o desenvolvimento das ondas. Esta outra forçante hidrodinâmica possui direção de propagação e intensidade diretamente proporcional a força dos ventos e incidem sobre as margens com energia suficiente para construir extensas praias e pontais arenosos e, também movimentar constantemente as areias presentes no fundo raso do Guaíba.
Portanto, podemos com base em fundamentos hidrodinâmicos, sedimentológicos e geomorfológicos afirmar que parte da rede hidrográfica de sudeste do estado do Rio Grande do Sul alcança os seus limites mais distais no interior do Guaíba até a Ponta de Itapuã, local onde ocorre a transição do rio, o Guaíba, para outro ambiente, a Lagoa dos Patos.”
Porto-alegrense, quando alguém lhe perguntar se o Guaíba é rio ou lago, estufe peito diga sem medo:
- O Nosso Guaíba é um RIO. Lago é invenção de uns poucos intelectuais para satisfazer interesses exclusos de políticos e empresários.
Dia 23 de agosto diga NÃO à "Favela Chique - Pontal do Estaleiro"
Cidadania é o Direito de Viver em Harmonia
Defenda Nossa Cidade
Nesta postagem, oferecemos ainda um Bonus Treck, vídeo “Morte de Plástico no Dia Mundial do Rock, basta clicar no link abaixo. É diversão garantida!