quarta-feira, 24 de setembro de 2008

PÁ-PÍRUS E O AMARRA BARATA




Dia 21, segundo dia da instalação, Carbon e eu estávamos dando os últimos toques na exposição, quando de súbito em vez, percebi um zumbido humano. Era um barulho chato feito por um hippie de boutique, sentado no forno da usina (patrimônio cultural, e arquitetônico etc...). Roupinha peruana surrada, óculos redondo e coisa e tal... Além disso, budista ou coisa parecida. Acho até que mais pra coisa parecida.


Junto com uns colegas, o riponga, aguardava sei lá o quê próximo a nós. O Carbon arrumando coisas e eu Fazendo a instalação elétrica. Quando de repente, ai que medo, chegou a bruxa do norte. Morena de beleza alternativa ou no mínimo polêmica, ela nos olhou e disse: - Não é que a gente não goste de vocês, mas até quando vocês vão ficar aí? Nossa Resposta foi 20 dias, inconformada arrematou: - É mais eu tenho uma cena que vai até ali... mais coisas do tipo, já contratei iluminação.



Ficamos sabendo ao longo dos dias que se tratava da encenação do Mahabarata, para nóis, um saravá indiano: o “Amarra a Barata”. O grupo em questão era o “Om”.



Carbon indignou-se com a possibilidade termos que mudar a exposição. Seu papiro de 65 metros, por ser contínuo e imenso sofre sempre quando temos que deslocá-lo. Além do mais, a bruxa se quer nos cumprimentou, saiu atirando pedras, sem qualquer consideração com relação ao nosso trabalho. Eu estava em campo desconhecido, pensava estar em desvantagem, mesmo tendo uma autorização para a exposição, conseguida um mês antes. Fiquei muito irritado, que até pensei brindar o grupo de teatro com um protesto na estréia deles utilizando a velha tradição medieval do tomate. Não seria original, mas seria bem legal!!! Pois, cacos de vidro caíram sob a mesa do poeta.


Passado stress, saí para o combate. Falei com a bruxa sobre nossa autorização. Ela nem ligou e disse que tinha uma mais antiga, mas não a mostrou. A direção me chamou. Pediu que mudássemos um pouco a instalação. Para ganhar tempo pedi para fazer na segunda seguinte, dia que a Usina abre apenas para serviços internos. Acho que bruxa não gostou. Porque dois dias depois a secretária veio pedir para liberarmos 40 metros para os teatreiros. Fato bizarro, já que a distância entre elevadores é essa. Estavam nos jogando para dentro do elevador. E, elavador...não pooode...

Voltei à direção protestei. Mas, sairia. De forma que tinha que pensar na mudança, acalmar Carbon Kid, que queria chutar as canelas da tribo da bruxa e dela também. Ela nos olhava feio sempre que passava. Sendo tribo, aquele grupo teatral, ela era a morubixaba. Foi então que decidi que iríamos para o local indicado, mas ocuparíamos o espaço que pudéssemos, antes dos ensaios, com mais uma nova ala na exposição.

Primeiro Carbon kid, pintou 4 lâminas de plástico inspiradas naquele momento desagradável. E, eu, o “Quem (?)”, sugeri que fizéssemos desenho de cabeças e as dependurássemos, durante o dia, no local onde seria apresentada a peça dos teatreiros, intitulando a ala com o nome sugestivo de "Sala dos Cabeças". A primeira lâmina dizia o seguinte:



"Faltaram órgãos para agüentar este desaforo, tão pútrida esta apresentação... Oh, meu Golly! Extremo nojo repulsivo e vendido!!!"






As ilustrações eram fortes e o texto, à moda de Carbon Kid, era ainda mais corrosivo do que o costumeiro. No mais, deu trabalho. Mas, nos adaptamos ao novo local e coisa fluiuiuiuiuiuiu, e nós acrescentamos novas alas em nosso trabalho.
Inclusive, tive a oportunidade de vê-los fazendo a divulgação do “amarra a barata”, na TV, no programa do “Bibo”. A música era boa, mas o figurino era de bailinho carnavalesco de subúrbio.

Houve um dia em que recebemos a visita, do Zé da Terreira, que faria parte a na encenação do Amarra. Ele habilmente datilografou um texto, dobrou o papel e se foi. Também, recebemos um cenografista da peça, que usou a sala do poeta para escutar música e trabalhar em máscaras para o a Amarra Barata.



A estréia do Amarra foi dia 08 de agosto, sexta, tínhamos agendado para sairmos da Usina 09 sábado, ainda poderíamos pleitear o domingo, um dia extra. Mas, não só estávamos exauridos de forças, e ainda chegou comunicado da direção pedindo que saíssemos impreterivelmente na data marcada.

Tudo bem, mas chegamos no sábado e havia uma parede branca dividindo o grande salão térreo. Quase que ela passa por sob o nosso trabalho. Mais uma vez o Carbon enlouqueceu. Eu percebi que era hora de sair mesmo. Aproveitamos a oportunidade e fizemos umas fotos empurrando o muro e com a luz da peça aproveitamos para fazermos vídeos de inexpressão corporal intulados: “Peripécias Extrambóticas " e "Peripécias Extrambóticas 01”, no qual interpreto um anti-bailarino.

Para nóis a cortina estava se fechando, mas antes do gran finale, escrevemos um manifesto e num envelope roxo feito por nóis mesmos, entregamos um recadinho para o Zé. Ele disse : - Bah, que bacana! Carbon e eu esperamos que ele tenha lido. O recadinhoo era o seguinte:

Prezados Colegas artistas,

Nós DA “Pá-Pirus” apresentamos nossos sinceros votos de sucesso em sua performance teatral.

Ficamos orgulhosos da Visita do Zé à sala do poeta. Tendo em vista a importância que seu teatro tem para a cidade, desde muito tempo.

Bem como sabemos ser difícil o ofício do artista independente, desde sempre.
Porém, mesmo entre artistas deve haver espírito ético e solidário.
E ética foi o que faltou quando tivemos que adaptar nosso trabalho a exigências de outrem. Estivemos sempre abertos ao exercício da dialética entre colegas amantes da arte.


MAS POR CERTO ENTRE COLEGAS NÃO HOUVE!! APENAS COMUNICADOS FRIOS DA DIREÇÃO.


Por fim, os muros brancos, erguido ao final de nosso trabalho, soaram como uma alegoria do Muro de Berlim, o muro da intolerância e nos fizeram crer que mesmo entre os independentes existe um resquício da negra maldição do espírito da sensura.
Porto Alegre, nove de agosto de dois mil e oito.

VIVA A CULTURA POPULAR BRASILEIRA!!! VIVA ARIANO SUASSUNA!!!
ABAIXO O ESTANGERISMO .

Ca-K & Famoso Quem(?)

Escrevemos censura com “S” para demonstrar maquicima irreverência e assinamos com nossas digitais, impressas com tinta oriunda da fita da máquina de escrever que havia à disposição dos visitantes da sala do poeta.

Os vídeos “ peripécias das extrambóticas” já estão no Youtube . Clique nos links a seguir e boa viagem!

"Peripécias Extrambóticas" http://br.youtube.com/watch?v=dXB7-1ylCVg

"Peripécias Extrambóticas 01" http://br.youtube.com/watch?v=pvqM0D_oc6g



segunda-feira, 15 de setembro de 2008

CARBON KID FALA SOBRE SEU PAIRO DE 65 METROS



CARBON KID FALA SOBRE SEU PAPIRO DE 65 METROS


Sempre senti a necessidade de me expressar. Então, eu desenhava e rabiscava ilustrando meus poemas. Escrevo poesias desde 2006, cujo o tema na sua maioria, é a angústia do tipo alucinante.

Quando conheci o Famoso Quem (?) lhe apresentei minha obra poética. Ele confessou-se impressionado pela originalidade e força dos versos. Quando viu meus desenhos, disse que o trabalho lembrava muito a estética artística dos anos 60. Porém, havia uma carga emocional densa e translúcida de muita magnetude.

Entre copos, conversas e cigarros, Quem (?), concluiu que poderíamos realizar um trabalho juntos e me fez o convite. Lisonjeado aceitei a empreitada.

Durante as discussões iniciais, ele, lembrou que possuía um rolo de papel em seu atelier, usava-o para proteger objetos e o chão contra respingos de tinta, com comprimento que pensava ser de mais ou menos 40 metros. Acreditando na minha arte compulsiva, entregou-me o rolo para que eu o preenche-se com minhas poesias e as ilustrações malucas que eu faço.



Meu processo de criação durou exatamente um mês (20.12.2007 a 20.0.2008). Período no qual encontrei muita satisfação e muitas dores nas costas por ter que trabalhar diretamente no chão. Usei o antagonismo destas sensações como incentivo para realizar o trabalho, uma vez que o rolo de papel parecia interminável.

Selecionei trechos de minhas poesias e com canetas de marcação permanente, pincéis, mãos, eu, ilustrava de dois a cinco metros, por vez, dependendo de minha disponibilidade. O fazia com muito gosto sem qualquer hesitação.


Ao terminar o trabalho, após revisar e medir o trabalho, liguei para o Famoso Quem (?), que ficou perplexo com metragem, que era muito superior ao que ele tinha imaginado: “O PAPIRO TINHA 65 METROS.”


Com esta maravilha de obra em mãos, notamos que ela era extremamente frágil. Sobrou para o Quem (?) solucionar este problema. Em conversa com uma amiga, a artista Tina Felice, ouviu a sugestão da plastificação. Com um pouco de criatividade, isto foi feito. Estava garantida assim a integridade do trabalho.


Os trabalhos do poeta Carbon kid podem ser conferidos nos seguintes endereços: http://sitedepoesias.com.br/poetas/barbon_kid ou http://poetacarbonkid.blogspot.com/






“...Nem tudo são flores, na próxima postagem falaremos de como um grupo de teatro, antigo na cidade, perturbou e a instalação e a paciência dos artistas de PÁ-PIRUS...”

Já tá rolando no youtube. A entrevista dos artistas Famoso Quem(?) e & Carbon kid concedida à TVE-RS, realizada durante na Instalação Poética PÁ-PÍRUS. Acesse aqui no link

 http://www.youtube.com/watch?v=VBA4EOlvG98 e muito boa voyage!!!


quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O VIOLÃO FANTASMA



No primeiro dia da Instalação poética, ao executar na caixa musical, a melodia “gracias a la vida”, interpretada por Elis Regina, notei que um carinha meticulosamente observava os trabalhos expostos. O fato seria normal se ele não estivesse tocando um violão imaginário (air violão). Com gestos quase precisos de um tocador, dando inclusive rodopios pelo salão, ele acompanhava entusiasticamente a canção.


Achei aquilo muito legal, tanto que comentei com o Carbon Kid. E, conversa-vai, conversa-vem; lembrei-me que tinha na minha casa um violão quebrado prestes a ser dispensado. Rapidamente pensei naquele violão com braço colado e com a cor de fundo que apliquei na a caixa musical. Com as ilustrações compulsivas do Carbon, haveríamos de transformar o violão num objeto decorativo de singular beleza.

Mais uma madrugada à dentro de trabalho para aprontar de um dia para outro uma nova peça para a instalação. A missão era colar e ao mesmo tempo aplicar várias camadas do acrílico-marfim. Suspendendo o violão num varal com o auxílio de um arame muito fino, apliquei a tinta e cola. Liguei um ventilador diretamente no violão, ele ficava girando sem parar, garantindo secagem homogênea.


O resultado foi impressionante, a cor inusitada para o violão, além de chamativa, lhe conferiu um certo ar de nobreza muito expressiva. De forma, que já no trajeto do centro à ponta do asômetro, o violão atraiu bastantes olhares curiosos.

Virou um objeto tão imponente, que depois de mostrá-lo para o Carbon Kid, não tivemos dúvidas, ele já tinha vida própria, não precisava de complementos. Com aquela cor de lençóis de linho e com as cordas que intuímos ser invisíveis (as cordas que qualquer um poderia tocar), não mereceria outro nome se não o de: “Violão Fantasma”.


A novidade rapidamente se integrou à instalação. Evidentemente, nós fomos os primeiros a aproveitar as cordas invisíveis acompanhando, em performances teatrais, alguns rockinhos, jazz, MPB, que jorravam da Caixa Musical da Salamandra Mística.



O violão Fantasma fez despertar facilmente o espírito lúdico de muitas pessoas que passaram pela exposição. Sendo, que algumas, sem cerimônia qualquer, espontaneamente, sacavam o violão e sentadas no tapete ou na cadeira do poeta, saboreavam o prazer de dedilhar cordas invisíveis. As pessoas mais tímidas pediam permissão para dar uma tocadinha. Também, convidávamos as pessoas a partilhar da experiência. Muitas fotos dos violeiros foram tiradas.


Eu e Carbon Kid, aproveitamos o violão e o cenário inusitado, que criamos na usina para gravarmos alguns videos amadores. Estes já podem ser vistos no You tube. Para quem ainda não viu, são os seguintes: Carbon Kid e o Violão Fantasma 00, Carbon Kid e o Violão Fantasma 00, 01 e 02 ( Esqueletos Psicodélicos, com a participação da bailarina Larisca). Acesse bem aqui nestes lincks :










Na próxima postagem, este blog, abre passagem para o poeta Carbon Kid, que nos contará tudo a peça fundamental da Instalação Poética Pá-Pírus: “O grande papiro de 65 metros”.


quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A CAIXA MUSICAL DA SALAMANDRA MÍSTICA



Na pré-estréia de Pá-pírus, que durou apenas um dia (20.jul.2008), não houve trilha incidental. Para uma temporada longa, Carbon kid e Eu, achávamos imprescindível uma trilha sonora durante o tempo em que ocuparíamos a sala do poeta.



A primeira idéia foi um pequeno toca-discos de vinil. Não encontramos. Então, pintou um hi-fi (hight fidelity) doado pelo Clube de Mães de Ipanema. Era um móvel com um rádio antiquíssimo com amplificador de válvulas e duas entradas. O básico para violão e voz e até tinha um alto falante super Power. Mas aquele belo móvel estava quebrado (a saga da restauração continua).


Estávamos frustrados, sem som a funcionalidade da sala do poeta poderia perder um pouco do seu brilho. Mas, Eu, o Famoso Quem (?), não sou de me entregar tão fácil e durante a arrumação da exposição ví a luz...
- Sim, teríamos som e ficaria pronto de um dia para outro!

Horas na rua, no gelo do inverno, serrando e pregando; hora pintando (acrílico marfim); horas secando com uma estufa. O trabalho adentrou madrugada fria. Ficou pronto. Pior, a acústica era muito boa.

Misturando uma caixa de madeira, recolhida da rua; um rádio com leitor de cd quebrado, mas com toca fitas funcionando; mais a minha “magistraleclética” coleção de fitas cassete, construí uma caixa de música.

Coloquei uma tampa de alçapão, tranca com cadeado pequeno. Mas, faltava um tchamnnnnn na caixa que eu não poderia dar em virtude das arrumações finais da instalação poética. Confiei a tarefa ao Carbon Kid e sua arte compulsiva. Antes de começar ele me perguntou o queria ver tatuado na tampa da caixa. Sem pensar respondi o que veio primeiro a minha cabeça: -“Uma salamandra mística”.

Não deu outra coisa, o trabalho ficou estupendo, tornou-se um “must” e encantou um número considerado de expectadores. Foi assim que se criou “A Caixa Musical da Salamandra Mística”.




Da caixa musical fluiu um som que certas horas invadia os imensos vazios arquitetônicos da Usina do gasômetro. Provocando emoções totalmente indescritíveis. Como o prazer de ouvir ecoar os 15 segundos de acordes vocais finais de “Carinhoso”, por Elis Regina; a voz de Billie Holiday dando voltas pelo ar, atingido os pontos mais altos da construção; as melodias de tom Jobim passeando livremente.

Era possível escutar Júpiter Maçã, um “Bolero” de Havel, seguido de um Jackson Five, Os Tenores e os Trinados vigorosos de Pavarotti. Não faltou Sinatra, Gal Costa, Litle Richards, Pixinguinha, James Brow, Clementina de Jesus e seu afro-som, Ray Charles, João da Baiana, Louis Armstrong e uma profusão de estilos de Jazz, blues e sambas.
Não poderíamos esquecer, o brilhante "Tom Zé", que apesar da fama internacional, surpreendeu os mais desinformados. Ele nos inspirou no clip "A caixa Musical da Salamandra Mística" e a ele dedicamos modestamente este trabalho.


No rock entre tantas citações fazemos as seguintes: le tigre, autoramas, nirvana, grandaddy, stratopumas, Dirty, Planondas, cansei de ser sexy, placebo, smiths, starflyer59.




Ah! “Os Demônios da Garoa”. Todas as vezes que executamos músicas deles, a interação acontecia rapidamente. Vinham elogios, olhares curiosos e divertidos, sempre alguém cantarolava os velhos sucessos da década de 40, do século passado, dos Demônios, enquanto apreciava a instalação poética. Outros, mais ao fundo, nos bancos, batiam o pezinho e gingando a cabeça, sorriam descontraidamente. Muitos sorrisos por todos os cantos.

Através dos versos simples e diretos do compositor de música popular Adoniram Barboza, em Trem das Onze (“... não posso ficar/ nem mais um minuto com você/sinto muito amor,/mas não pode ser...”), na interpretação dos Demônios, concluímos que a arte verdadeiramente popular é imune ao tempo. Resiste a tudo e a todos, não podendo ser comparada com a feita pelos músicos atuais tidos como “medalhões da MPB”. Estes, mesmo tendo prestado serviços relevantes à cultura nacional, se tornaram artistas burocráticos de um público seletivo. De popular somente têm o rótulo que aplicam as suas canções.

Pensando nisso, em outra ocasião, penso que deveríamos providenciar canções do genial compositor portoalegrense Lupicínio Rodrigues.





A próxima historia será sobre o Violão Fantasma. Já tem no youtube.com, 3 clips com o violão fantasma.

domingo, 17 de agosto de 2008

AS SETE HISTÓRIAS DO PÁ-PÍRUS (E outras que a gente se lembrar...)


A primeira apresentação da instalação poética PÁ-PIRUS, o corrida entre os dias 20/07 e 10/09/2008 na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, ultrapassou as expectativas dos artistas Famoso Quem (?) e Carbon Kid.

Os 65 metros ininterruptos de poesias ilustradas do Poeta Carbon Kid, estendidos sob o piso do andar térreo da usina do Gasômetro, surpreenderam ao público visitante, quer pelo seu tamanho (equivalentes a duas colunas contínuas de 195 folhas de papel A4 ), quer pelo seu conteúdo. Os visitantes puderam sentir as angustias e aflições do poeta, traduzidas em versos e ilustrações feitos pelo próprio.

Esta trilha poética em seu meio abrigava a sala do poeta. A sala concebida pelo Artista Plástico Famoso Quem (?), era uma sala para interatividade entre os artistas e o público. Foi construída inteiramente com materiais reciclados e trouxe ao frio de concreto das dependências da usina uma ilha de encantamento. Um verdadeiro mundo à parte, um ambiente atemporal com clima de aconchego. Além, de ter se tornado um simples e belo cenário (quase todos os dias nos perguntavam se haveria teatro na sala). Uma vitoria para o desenvolvimento da ideologia central da instalação: "A ousadia do simples".

Por esta razão a sala do Poeta foi o palco de um sem número de ações interativas entre os artistas e os que à sala compareceram. Os místicos proclamaram ser um ambiente do bem, com intensas trocas de energia. Com os intelectos houve trocas de conhecimento e reflexões. Quanto aos ecológicos, a cadeira do poeta e outros elementos decorativos da sala, renovaram as esperanças no reaproveitamento dos materiais e objetos descartados na natureza e com o plus do redesign artístico. Já os críticos, note-se foram raras as manifestações negativas, na sua grande maioria, teceram um repertório variado de elogios e desejaram votos de incentivo na continuidade da proposta artística apresentada.

Pá-Pírus não foi apenas uma instalação poética. Proporcionou momentos poesia muito intensos entre os artistas e os expectadores. Razão pela qual, Carbon kid e Famoso Quem (?), neste mundo de futilidades, consideraram que seria egoísmo demais, guardar para si experiências tão autênticas. Por isso este blog, contará nas “Sete histórias do Pá-Pírus (E outras que agente se lembrar...), um pouco daqueles momentos mágicos vividos na Usina do Gasômetro durante aqueles inesquecíveis dias.


Para começar a primeira história será: “A Caixa Musical da Salamandra Mística”.

Mas...É alto isso aí tchê!!!


Como aperitivo, já circula no Youtube.com, o clip "Pá-Pirus! A caixa Musical da Salamandra Mística" e "carbon kid e o violão fantasma"
Acesse a qui : "A caixa Musical da Salamandra Mística" http://br.youtube.com/watch?v=VeGnmKbPZdg
Boa Voyage!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Pá-Pírus


carbon Kid



Pá-Pírus é uma instalação poética. É resultado do encontro de doisArtistas portoalegrenses moradores de margens opostas do Lago Guaíba. Carbon kid é da Ilha da Pintada e o Famoso Quem (?) de Ipanema.


A instalação consiste na sala do poeta cercada de poesia por todos os lados. Esta sala funciona como a ilha de criação do trabalho do mesmo. Foi construída sob licença poética de Carbon kid ao Famoso Quem(?) que produziu um ambiente lúdico e interativo utilizando materiais e objetos totalmente reciclados.


Famoso Quem (?)

O tema da poesia é a angústia, que através das pinceladas do poetas, se transforma na angústia que todos nós por vezes sentimos. É um exercício de desprendimento de Carbon Kid, que traz à praça pública 65 metros de trechos ilustrados de sua obra.




Os Artistas procuram levar o expectador a uma leitura poética dos elementos ali aplicados através de um olhar simples. Ficando a complexidade por conta das sensações que o trabalho proporciona a seus observadores. Pá-Pírus aposta na ousadia do simples.”


Contatos:
Carbon Kid    sitedepoesias.com.br/poetas/Carbon_kid
Famoso Quem? (51) 9815 2793

CADEIRA DO POETA















DESIGN DE LEONEL BRAZ

POAemMovimento

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Advogado e Artista Plástico

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