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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Farol de Santa Marta 1987 – Verão da Lata



Com o aumento constante do surf, o ambiente começou a mudar.  Hordas de turistas invadiram Santa Catarina, as famílias de pescadores, aproveitando a ocasião alugavam suas casas para eles, indo parar nos barracos de pesca, ou iam para casebres piores dos que moravam. Nós, mochileiros, fomos facilmente esquecidos e os lugares para camping selvagem acabaram.

Daí, para surgirem os pequenos restaurantes, casinhas de aluguel foi um passo rápido. O Farol de Santa Marta deixava de ser uma terra esquecida. Os 16 km de terras arenosas mar à dentro, o Farol é um cabo de mar, já não eram capazes de isolar ou esconder aquele magistral cenário.
O Farol foi uma vila de pescadores com seus galinheiros, cabras soltas, chiqueiros e bois que invadiam a prainha, correndo o povo todo.  Resquícios deste passado não incomodavam os malucos que se aventuravam ir até lá em busca de Liberdade com um visual absolutamente impactante. 

Apareceram os bares, botecos muito loucos como o saudoso Sobrenatural e o bar do Baiano. A maioria das casas era bem simples, de madeira, sem pintura com pátios sem cercas. Podia-se andar livremente em qualquer direção. De qualquer ponto se avistava o mar azul e farol.

Em 1987 a maré no farol se agitou. O grupo dos surfistas, que estavam mais para escola australiana do surf, aquela conhecida pela curtição do surf, natureza e pelo cigarro do capeta, se misturou com os malucos notívagos. Os dois grupos conviviam bem, até por que se cruzavam pouco. Surfistas acordavam cedo para o surf, bem na hora que os notívagos iam pra cama.


Ocorre que naquele ano, no mês de setembro, um navio que vinha da Austrália, chamado de Solana Star, despejou no litoral do Rio de Janeiro, 22 toneladas de maconha enlatada, que boiaram por todos os cantos do litoral brasileiro. O produto, segundo usuários, era de altíssima qualidade. Os nativos que nunca não se incomodaram com as extravagâncias dos mochileiros, com a onda de surfistas e latas, viu o local borbulhar. Não se meteram com estas histórias, tolerando todas as excentricidades da galera. Naquele ano o verão durou seis meses.


Vídeo de Verão 2015 no Farol de Santa Marta 

https://www.youtube.com/watch?v=anOrl9QgnkI


Dias Atuais...


















segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Farol de Santa Marta – Anos 1980


Nos anos mil novecentos e oitenta, o rock invadiu as rádios e o surf se espraiou pela costa brasileira. Naquele tempo, as praias de Santa Catarina eram desfrutadas por gaúchos tidos como aventureiros, praticamente isoladas, tinham pouco valor para os locais.

Foi nesta época que conheci o Farol de Santa Marta.  Tempos em que era possível passar dias gastando nada, graças à generosidade dos pescadores. Agente se abrigava nos barracos de pesca e a dieta consistia em café, peixe e cachaça.

Com pouca grana, enfrentávamos a BR 101 de carona, ouvindo invariavelmente todos os tipos de histórias e confissões dos caminhoneiros. A coisa funcionava para minha turma assim: Tamos sem grana... Então, vamos para um lugar mais bonito. Dedão na estrada e pronto, chegávamos ao paraíso. Com trocados, algum rango de casa, feriadões se tornaram temporadas. Às vezes, o retorno era dramático com fome e cansaço. Que nem na música do Nei Lisboa, tínhamos que vender história para o jantar.


Algumas coisas pareciam exóticas. Por exemplo, um simples pedido de informação era respondido com um “segue toda vida, né... Com quebras pra lá ou pra cá. Os nativos ainda mediam a distância em palheiros (cigarro de palha de milho). Cada palheiro levava cerca de vinte minutos. Tempo pra fechar o cigarro e fumar. Isso nos divertia a ponto de pararmos para pedir informação sem necessidade, apenas para ouvir isso. De quando em vez, adicionávamos a pergunta, se era um palheiro à pé ou de carro. Isto embaralhava a cabeça dos nativos, tamanha a ingenuidade. 


Vídeo de Verão 2015 no Farol de Santa Marta 

https://www.youtube.com/watch?v=anOrl9QgnkI


Dias atuais... 


















sábado, 5 de maio de 2012

Museu Aberto da Tartaruga Marinha Projeto TAMAR em Florianópolis


As reportagens e documentários sobre o Projeto TAMAR sempre causam nas pessoas sensíveis às questões ambientais uma empatia instantânea e um grande desejo de querer conhecer pessoalmente o importante trabalho da instituição. Dedicado ao estudo e preservação da fauna de tartarugas marinhas da costa brasileira, o projeto iniciado no norte do país atualmente possuiu várias ramificações ao longo do litoral brasileiro.
Para população do Rio Grande do Sul um contato direto com as atividades desta fundação era bastante difícil em razão da distância. Porém, esta distância se encurtou com a criação do “Museu Aberto da Tartaruga Marinha”, uma base do projeto TAMAR, na Praia Barra da lagoa, Florianópolis, Santa Catarina.

O Projeto TAMAR em Florianópolis desenvolve suas atividades em dois eixos definidos: o primeiro diz respeito à preservação com a proteção, estudo, monitoramento e o tratamento de quelônios para a posterior devolução ao meio natural; o segundo relaciona-se com um museu interativo de ciências naturais que leva o visitante a conhecer o ciclo de vida, os hábitos, habitats e riscos enfrentados pelas tartarugas e outras espécies de animais marinhos viventes na costa brasileira.

O museu está assentado sob uma área de preservação permanente e as construções são todas em madeira para diminuir o impacto ambiental, facilitar a remoção e a recuperação do ambiente se assim for necessário. Não se trata de um megaprojeto, por sinal a simplicidade dá o tom nas instalações imprimindo um clima típico praieiro, que envolvem e encantam os visitantes.

O Projeto TAMAR de Florianópolis, guardadas as devidas proporções, possui no seu layout todos os elementos constantes nas grandes instituições museológicas. Além, do cuidado o com o acervo criteriosamente escolhido e distribuído; existe a preocupação para com o bem estar os visitantes.

Já na praia onde é captada água para os tanques encontramos placa sobre a captação de água para os mesmos. Na entrada um estacionamento para veículos, reserva espaço para a recepção de ônibus de escolas, que se constitui na principal clientela.

Chegando à recepção os visitantes adquirem os tickets de entrada, recebem folders da instituição e são informados pela recepcionista sobre a programação do dia (Pode-se agendar a visita guiada, além dos horários diários).  O horário de alimentação das tartarugas constitui-se numa atração especial do museu.

 A partir daí decks de madeira sob um gramado conduzem os visitantes até quiosques onde a historia das tartarugase de outras espécies marinhas são reveladas aos visitantes.

Existem tanques onde ficam as tartarugas que estão passando por tratamento para devolução posterior ao ambiente natural; ou que não apresentam condições de retornar ao oceano. O contato direto com animais emociona a todos, são animais de grande porte, que surpreendem pela beleza e docilidade.


 Placas indicativas descrevem o nome das espécies, aspectos fisiológicos, localização do habitat natural, hábitos alimentares e reprodução.  Também há quadros comparativos e réplicas de animais em tamanho natural .

Sala de vídeo e anfiteatro… 

A distribuição dos espaços é harmônica e muitas vezes surpreendem os visitantes.






Com relação a questões referentes à defesa e preservação da espécie o Museu TAMAR de Florianópolis cumpre plenamente com sua missão. Pois, além do trato dos animais feridos ou doentes, do trabalho de conscientização junto aos pescadores locais, leva de forma competente aos visitantes, informações vitais para a sobrevivência da espécie.  
Num dos quiosques, por exemplo, o visitante é alertado sobre os problemas da poluição causada pelo plástico que vai parar no fundo dos mares e acaba sendo ingerido pelas tartarugas, que confundem estes os objetos com alimentos. Tal fato é apontado como uma das principais causas que podem levar as tartarugas marinhas à extinção.


Assim como, o perigo que representado pela pesca predatória com redes e anzóis de toda espécie. Até bem pouco tempo as tartarugas marinhas capturadas por estes métodos de pesca eram impiedosamente sacrificadas por que eram consideradas inimigas dos pescadores. Os guias afirmam que apesar dos esforços para conscientização sobre a importância das espécies, feitos junto aos pescadores, esta prática ainda acontece em alto mar onde não há qualquer tipo de fiscalização.

Conhecer o Projeto TAMAR nos leva concluir que é possível desenvolver ações preservacionistas eficientes com sustentabilidade. A unidade de Florianópolis além de cumprir com sua importante missão na defesa dos quelônios marinhos fornece emprego para técnicos como: biólogos, veterinários e guias comunitários.

Colaboram para a manutenção do trabalho desenvolvido pelo projeto TAMAR, em Florianópolis, as doações feitas através das leis de incentivo à cultura. Assim como, a renda advinda da cobrança de ingressos, taxa de estacionamento e de uma encantadora lojinha…

…na qual o visitante pode escolher entre variados e criativos souvenires uma pequena grande lembrança dos emocionantes e inesquecíveis momentos vividos naquele museu.
 Sobre as Tartarugas Marinhas (Texto Projeto Tamar)

As tartarugas marinhas são répteis, existem a mais de 150 milhões de anos e conseguiram sobreviver a todas as mudanças do planeta. Há sete espécies no mundo, cinco delas ocorrem no Brasil: Cabeçuda (Caretta caretta), de Pente (Erethmochelys imbricata), Verde (Chelony midas), Oliva (Lepydochelys Olivacea), e de Couro (Dermochelys Coriacea). Todas estão na lista de espécies ameaçadas do IBAMA (Portaria Nº  1.522 de 19/2/89 e da IUCN – União Mundial para a Conservação da Natureza, apresentando graus de ameaça segundo critérios de avaliação da situação das populações.

São animais de ciclo de vida longos e altamente migratórios. Levam até 30 anos para se tornarem adultos. Pesam de 65 quilos (a média para a menor das espécies, a Lepydochelys Olivacea, até 700 quilos (a média para a maior das espécies,  Dermochelys Coriacea). O período de desova se estende de setembro a março, no litoral brasileiro, e de dezembro ajunho, nas ilhas oceânicas.

O acasalamento ocorre no mar, nas aguas profundas ou costeiras. Cada fêm ea pode desovar de três a cinco vezes, em média, com intervalo de 10 a 15 dias.  Os ovos são incubados pelo calor da areia da praia – onde são enterrados a cerca de 50 centímetros da superfície e demoram aproximadamente 45 a 60 dias até as tartaruguinhas nascerem. Logo sempre que nascem à noite, correm para o mar, orientados pela luminosidade do horizonte.

Estima-se que de cada mil tartarugas nascidas apenas 1 ou 2  chegam à vida adulta. Na sua primeira luta pela sobrevivência são capazes de nadar freneticamente por até sete dias sem sequer se alimentar. Passada a primeira etapa de vida, alimentam-se de camarões, moluscos, caranguejos, esponjas e algas. Voltam a mesma praia de origem para desovar, muitas vezes fazendo viagens transcontinentais, já que podem ter seu sítios de alimentação e reprodução em diferentes continentes.

* Edição e fotos Leonel Braz

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Porto Alegre Para Turistas (?)

Se a Copa Mundial de Futebol – FIFA 2014 fosse hoje, que recordações levariam os turistas que tocassem o solo porto-alegrense? Com certeza não seriam as obras estruturais. No Brasil as obras públicas superam as do primeiro mundo apenas no quesito orçamento. Também, ninguém sai de casa para ver um puxadinho no aeroporto mal planejado ou uma obra viária que não saiu do papel.

(Muito menos, O Parque Marinha do Brasil, por exemplo, que foi retalhado para favorecer um empreendimento imobiliário particular na outra margem do dilúvio sob pretexto de duplicação da Edvaldo Pereira Paiva para a copa.)

Turistas gostam de se misturar com o povo das cidades que visitam e de conhecer os lugares pitorescos que dão identidade ao povo local. Lógico, registrando estes momentos impreterivelmente em suas câmeras e filmadoras digitais.

Pensando nisso, visitei alguns pontos da cidade que seriam interessantes aos cobiçados turistas da Copa 2014. O desencanto foi total e o que se viu foi vergonhoso para todo e qualquer cidadão porto-alegrense verdadeiramente responsável.

MERCADO PÚBLICO

O Mercado Público de Porto Alegre é um prédio histórico de estilo neoclássico construído em 1869. No seu interior as coisas vão bem, o comércio diversificado e o de produtos típicos, contam um pouco dos hábitos e costumes dos gaúchos.

1877- Luigi Terragno
(Por sorte o mercado escapou do PrefeitoTelmo Tompson Flores, que desejava por a abaixo o mercado para construir uma nova via e do prefeito careca que queria transformá-lo num estacionamento.)

Se o turista quiser levar uma imagem atual da fachada do prédio terá dificuldades. Ao longo do tempo, a parte externa deste precioso patrimônio arquitetônico e histórico da cidade foi sendo agredida e vitimada pela poluição visual.

 No lado da Avenida Borges de Medeiros um estacionamento perpendicular prejudica a visão.


.Em frente à estação Mercado do Trensurb dois pórticos de cimento enfeiam a fachada. São estruturas pesadas, grosseiras, de valor estético duvidoso e que não se integram à imponente arquitetura do velho mercado.


 No lado da praça XV terminais de ônibus ocultam o prédio.


No entanto, o que mais salta aos olhos fica em frente ao Largo Peres. Ali, quiosques feitos com dinheiro público poluem visualmente a fachada no único lado em que seria possível de se contemplar o esplendor da edificação.


(Dinheiro público por que uma famosa empresa de refrigerantes recebeu isenção fiscal votada na câmara de vereadores para patrocinar esta bosta.)


CAMELÓDROMO

Idealizado para retirar os vendedores ambulantes das calçadas do centro, orgulho para alguns políticos de mau gosto, a obra tornou-se inepta para a finalidade desejada. Vendedores de DVDs, tênis clonados, cigarros paraguaios e óculos, ainda realizam seus negócios pelas calçadas do centro, numa espécie de guerrilha de vendas ou comércio ambulante relâmpago.


(Destaque-se que o tal centro de comércio popular é notoriamente conhecido pelo comércio de produtos contrabandeados do oriente, Paraguai, Uruguai e pela venda de produtos conhecidos como genéricos, uma espécie de eufemismo para a “pirataria de marcas famosas”.)

Resultado de uma PPP – Parceria Pública Privada, a melhor descrição para o prédio que encontrei foi a de um conhecido historiador e arqueólogo da cidade: “É um estafermo!” (estafermo no sentido de coisa sem préstimo, estorvo)

O prédio é um horror desprovido de qualquer senso estético ou desenho arquitetônico e as divisões são como currais de venda.

Outro mal de grande proporção encontra-se no espaço térreo do estafermo. Sob este gigantesco caixão de concreto foi instalado um terminal para várias linhas de transporte coletivo. No local sombrio o teto é baixo e trabalhadores são expostos a impiedosas cargas de substâncias tóxicas como o Pb(C2H5)4 (chumbo tetraetila) e CO2 ( monóxido de carbono) expelidos pelos escapamentos dos coletivos, enquanto aguardam transporte para retornar para casa. Com tempo úmido ou calor excessivo o térreo do camelódromo se transforma numa câmara de gás extremamente nociva à saúde dos usuários do terminal. Ou seja, estamos gerando legiões de cidadãos porto-alegrenses que muito provavelmente serão no futuro portadores de graves moléstias respiratórias crônicas.



(Não há monitoramento da qualidade do ar no térreo do camelódromo.)


USINA DO GASÔMETRO


Uma recente pesquisa de opinião pública apontou a Usina do Gasômetro como o local mais lembrado pelos turistas que visitam Porto Alegre. Tal fato não me causou surpresa, pois minha primeira exposição de arte, realizada em 2008 foi na Usina. Durante 20 dias convivi com cidadãos locais e um extraordinário número de visitantes de todos os cantos do país e do mundo.

(A exposição Pá-Pírus está registrada neste Blog.)

Relativo à Usina só posso tecer os melhores elogios à Direção da casa que consegue manter um bom nível nas suas oficinas, programações e manutenção das instalações. Já da área próxima a usina conhecida como prainha, não posso fornecer a mesma opinião.

Devido ao grande movimento dos fins de semana a estreita escadaria que dá acesso a praia é insuficiente para suportar o fluxo de transeuntes. Por conta disto, um caminho forçado paralelo à escada foi se formando. É uma ladeira de areão escorregadio, que prejudica o acesso de idosos, crianças e portadores de necessidades especiais. Logo se faz necessário neste local uma pequena intervenção arquitetônica, para dar segurança e valorizar o local, tirando o aspecto atual de desleixo.


Também, não posso deixar de mencionar a poluição proporcionada pelas carcaças de animais e alimentos podres deixados pelos praticantes de religiões tribais afro-brasileiras, estas quizumbas lançam no ar um odor de putrefação e bactérias perigosíssimas para a saúde. Há casos em que esta nojeira permanece exposta céu aberto por dias.

Na prainha ainda existe um ponto onde o desleixo pode causar danos irreparáveis. É o atracadouro da prainha. Após a reforma não foram instaladas barras de proteção. A situação pode facilitar uma eventual queda de pessoas ou veículos nas águas profundas do cais. Não existe se quer sinalização alertando sobre o perigo. Uma falha de segurança como esta seria suficiente para interditar a tradicional festa de réveillon que se realiza bem naquele local e que reúne milhares de pessoas.


LARGO DOS AÇORIANOS

O Largo dos açorianos é um dos pontos da cidade que enchem os olhos e orgulho do porto-alegrense. Um dos seus atrativos, a ponte de Pedra  foi construída em 1848, no governo de Duque de Caxias. A ponte é uma relíquia da arquitetura imperial que resistiu à fúria de nossos atrapalhados governantes.



Quanto a este ponto turístico, pensei que as crítica repousariam na falta de manutenção da ponte, nas águas sujas do lago (de coloração verde devido às algas cianofíceas) e do lixo flutuante. Assim como, o mau cheiro e o conseqüente criatório de mosquitos e outros insetos, vetores capazes disseminar uma de série de doenças infecto contagiosas em pleno centro da cidade.

(Não existe controle sanitário das águas do lago.)



Apesar do quadro caótico do lago e de avarias na ponte, isto representou muito pouco na medida em que resolvi fotografar a outra atração do largo. O belíssimo monumento à chegada dos 60 casais açorianos que fundaram a cidade em 1752.


Ao me aproximar da belíssima escultura de autoria de Carlos Tenius, que desencanto... A base da escultura se transformou numa LATRINA de moradores de rua. Há fezes e uma urina entranhada no solo que já corroeu grande parte da base estrutura, abrindo grandes buracos cheios de urina que exalam um fedor inimaginável.



Em volta da estrutura caixas de concreto da antiga iluminação servem para estocar restos roupas e lixo. Existe uma população sem teto que simplesmente vai até a o monumento para fazer suas necessidades. Ou seja, o monumento está se deteriorando rapidamente e se não forem tomadas providências urgentíssimas. Em breve o monumento se transformará num monte de ferro retorcido literalmente afundado na merda.

Estes exemplos pretendem demonstrar que não se pode desenvolver o turismo em uma cidade apenas com publicidade, discursos fantasiosos, mega projetos ou através de um único evento. Primeiro deve-se necessariamente fazer as lições de casa. Neste aspecto estamos mais de 08 (oito) anos em atraso.

Porto Alegre enfrenta queda na qualidade de vida constante. Não podemos culpar exclusivamente o desleixo, despreparo e soberba dos nossos vereadores e prefeito. Aqueles que os conduziram ao poder e lhes dão sustentação, também tem sua parcela de culpa. Assim como, todos a os detentores de conhecimento que são omissos frente à inquestionável degradação pela qual passa a nossa cidade.

Que fique bem claro: "Não se pode governar uma cidade apenas com placas bonitas!"











Outros pontos turísticos (?) da cidade serão visitados na esperança de se encontrar locais recomendáveis à visitação do turista durante a Copa 2014.

(Já adianto que os centros culturais espalhados pelo centro histórico da cidade estão entre os pontos positivos que qualquer porto-alegrense pode indicar à visitação do turista, sem passar por constrangimentos.)


POAemMovimento

POAemMovimento é coletivo de arte, dedicado a exercer a voz da cidadania, com o uso sem restrição, de toda e qualquer forma de expressão artística.

Advogado e Artista Plástico

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