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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A ECOLOGIA NÃO TIRA FÉRIAS




No ano de 2009, Carbon Kid e Eu, nos dedicamos intensamente às questões ambientais de nossa cidade. Instintivamente, para ter voz ativa no Movimento Ambientalista, nos tornamos de forma quase instantânea em videomakers, performers, fotógrafos, escritores e estrategistas.

Significou a consolidação de nossa carreira artística iniciada em 2008 com a exposição “PÁ-PÌRUS” na Usina do Gasômetro. Bem como, o reconhecimento do nosso trabalho por parte de algumas pessoas que passaram ser parte importante de nossas vidas.

Cabe repetir, que graças às maravilhas digitais, esta odisséia encontra-se registrada neste blog. Com parcos recursos construímos uma obra em vídeos fotos e textos, que ilustram própria história da cidade e a luta de alguns cidadãos em prol da boa qualidade de vida.

Embora, seja um trabalho prazeroso a causa ambiental por vezes se torna cansativa. Pois, temos que largar as atividades de sustento para enfrentar políticos defensores do concreto e da especulação imobiliária. Ganhamos e perdemos algumas das batalhas.

Por isso, resolvemos tirar no início de 2010 alguns dias de férias para fazer um balanço e sondar as perspectivas. Também, para saber se continuaríamos na luta, já que ainda não alcançamos a sustentabilidade através deste trabalho.

Fomos para o litoral próximo. A vidinha estava numa relax, numa tranqüila, numa boa. Quando íamos para a praia sempre topávamos com algumas corujas-burauqueiras guardando a entrada das tocas. Este tipo de coruja vive em famílias, seu nome científico é “athene cuniculária”.
As tocas ficam no meio da face oeste das dunas de Tramandaí, protegidas dos ventos marinhos. São sete tocas, é legal vê-las tomando um sol. Elas têm uma certa tolerância ao homem. Quando assustadas elas dão vôos rasantes e fazem um som estridente.

Mas, o que não tava legal era o lixo que começava a ser carreado para base das dunas. Inclusive identificamos paus e pedras que haviam sido jogadas nos buracos das corujinhas por algum desocupado.
Diante deste quadro terrível resolvemos por bem suspender um pouco as férias e tomar alguma atitude na defesa das corujinhas. Faríamos algumas placas identificando a espécie de coruja, pedindo respeito e para não jogar lixo no local. Fui atrás de material. Encontrei jogado em terrenos baldios fundos de gaveta brancos, alguns sarrafos e restos de tintas da reforma do prédio em que estávamos. Pronto já tínhamos tudo o que precisávamos era só literalmente por mãos à obra.
Carbon Kid, não estava muito inspirado. Então confeccionei as placas e as pintei durante os períodos do dia em que caiam as chuvas de verão. Razão pela qual a instalação ficou para último dia de nossas curtas férias.
Nos dirigimos até as dunas e em frente a cada toca colocamos uma placa. Ficou bem legal, enquanto realizava a empreitada Carbon kid fazia o registro em fotos e vídeos. Com a ajuda da Internet, recolhemos mais informações sobre os bichinhos e editamos e demos ao trabalho o nome de “Protegendo as Corujas-buraqueiras”.
Encerrada nossa estada na praia restou-nos a certeza de que a ecologia não tira férias. Ainda não sabemos se devemos continuar com trabalho, a subsistência está nos exigindo a presença em outros setores da sociedade. Mas, enquanto pudermos continuaremos prestando nossa colaboração às causas ambientais.

Mais uma coisinha, a coruja-buraqueira diferencia-se da outras corujas por ter hábitos diurnos, não apresentar sobrancelhas. Como as demais corujas enxerga 100 vezes mais que o homem.




terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O CORTEJO FESTIVO DE ENCERRAMENTO DA 55ª FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE



O trabalho desenvolvido por Carbon Kid e Eu na defesa do ambiente ecologicamente qualificado tem nos proporcionado participar efetivamente da história da nossa cidade. Ainda que nossos nomes não apareçam nos meios de comunicação convencionais, na “web” (ou WWW), fazemos um registro multimídia destas intervenções através deste blog, do ORKUT do Carbon Kid e dos vídeos do youtube.

Embora ainda não sejamos um sucesso de público, pelos menos já conquistamos o nosso espaço perante o movimento ambientalista. E a grande maioria das pessoas que tomam contato com o nosso trabalho tecem os melhores elogios. Bom para o ego e um baita incentivo continuar adiante.

Olha só algumas críticas que recebemos, as quais nos encheram de orgulho:

“Achei a Morte de Plástico Muito Simpática.” Carlos Gerbase - cineasta

“A criatividade de vocês em toda a questão do Pontal tem sido sensacional... Criam formas excelentes de dialogar.” Fernanda Melchionna – vereadora municipal

“Mais uma vez obrigado pelo trabalho o vídeo está excelente.” Philip de Lace White – pres. Movimento Cidade baixa Vive

Mas, apesar disso tudo, por ainda estarmos apreendendo a dominar as linguagens midiáticas, algumas vezes cometemos pequenos erros no nosso trabalho que não chegam a prejudicar o resultado final.

Aconteceram dois destes erros no vídeo que fizemos do cortejo de encerramento da feira do livro. Primeiro, a tradição do toque de sineta para encerrar a feira do livro de Porto Alegre tem 32 anos e não 55, como colocamos no vídeo. Ficamos sabendo através de declaração na imprensa do Xerife da Feira “Júlio La Porta”.

O segundo erro, diz respeito ao próprio senhor Júlio La Porta. Registramos no vídeo o nome dele como Salvador La Porta. Como Salvador La Porta é uma companhia dedicada à editoração, distribuição de revistas muita antiga na cidade, este erro foi um belo dum mico literário.

Xerife Júlio La Porta e o Patrono Carlos Urbim
Semanas depois, quando passávamos por uma banca de revistas na Rua da Praia, avistei seu Júlio. Fui até ele. Contei-lhe o causo e pedi desculpas pelo erro. Ele mostrou-se simpático e pareceu não se importar. Disse que bastante gente o chama de Salvador La Porta. O que me deixou mais aliviado.

O CORTEJO FESTIVO DE ENCERRAMENTO DA 55ª FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE

Registramos quatro de nossas incursões na feira do livro. Todas, segundo nosso juízo (- se é que temos algum...) foram sensacionais. Cada uma teve seu charme e encantamento. O cortejo festivo de encerramento nos surpreendeu pela beleza poética dos momentos que vivemos.

Antes do início, populares aguardavam com ansiedade a cerimônia. Justino Chaplin estava com seu cartaz em forma de peixe e concentrou-se contemplando a bela paisagem do cais do porto.


Carlos Urbim chegou e dirigiu-se a um galpão. Lá dentro em reunião com artistas disse algumas palavras e dois acordeons começaram a tocar uma melodia muito conhecida e um coral passou a acompanhar os acordes... –Ai, ai, ai, ai... Tá chegando a hora... O dia já vem raiando meu bem... E eu tenho que ir embora...

Lá de fora escutávamos com vontade de invadir o galpão. Mas, esperamos a nossa hora para nos juntarmos ao cortejo. Feito os registros pela imprensa, lá dentro, da porta do galpão saiu Urbin com o Xerife a seu lado tocando a sineta.


Carlos Urbin à frente dava aqueles passos solenes que os noivos dão nos casamentos. A música invadiu o cais e as pessoas rapidamente passaram a seguir o patrono. O patrono mais uma vez contagiou com sua simpatia o ambiente. As pessoas o saudavam alegremente. Por onde passou deixou um rastro de poesia.

Durante o cortejo, rosas eram distribuídas aos livreiros e populares. Na medida em que o séquito avançava, mais pessoas se juntavam à celebração e uniam suas vozes num emocionado coral. – Quem parte leva saudade... Ai.a i, ai,ai...

Nesta altura do campeonato uma maré de rosas coloridas pairava sobre nossas cabeças. Livreiros recebiam as rosas e fechavam suas bancas. Havia um mútuo contentamento pelo privilégio de estar ali presenciando as sucessivas trocas de gentilezas.

Pra variar, me emocionei tanto, que estraguei parte do áudio da gravação cantando junto com multidão. Mesmo assim as imagens captadas falam por si só. São de extrema beleza poética.

Justino Chaplin brilhou no evento. Carlos Urbim portou-se e foi saudado pela multidão como um verdadeiro Cavaleiro das Letras. Por sorte estávamos lá para registrar estes sublimes momentos da nossa cultura.




POAemMovimento

POAemMovimento é coletivo de arte, dedicado a exercer a voz da cidadania, com o uso sem restrição, de toda e qualquer forma de expressão artística.

Advogado e Artista Plástico

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