Empreiteira+Vereadores+Prefeitura Atravessam o Samba
em Ipanema a orla é democrática
Diz-se que uma escola de samba, “atravessa o samba”, quando seus integrantes cantam partes diferentes do mesmo samba, ao mesmo tempo, durante seu desfile oficial na avenida. Isto é, uma barafunda; uma confusão de pessoas. E samba atravessado + barafunda é o que está acontecendo entre empresários, políticos e prefeitura de nossa cidade, quando tratam do Pontal do Estaleiro.
Acompanhe a retrospectiva:
1. Um empresário comprou a área a preço notoriamente vil. E com a ajuda da maioria dos vereadores e da prefeitura, muda escancaradamente a lei municipal para favorecer seu empreendimento. Seu projeto é aprovado sem qualquer estudo ou parecer técnico.
valão sem tratamento
2. A sociedade se mobiliza contra. Diante da repercussão negativa e de denúncias de conchavo entre vereadores e empreiteiros, o Prefeito Bocaça, veta a lei. Mas, em compensação envia novo projeto prevendo apenas a construção de moradias, com dispositivo que prevê a consulta popular (perguntado na imprensa sobre o conteúdo do projeto, disse desconhecê-lo).
3. Vereadores mantêm o veto e aprovam o novo projeto do Bocaça com a tal consulta popular. Mas, durante a votação também aprovam emenda ao projeto (do ver. Ferrronato) que garante a proteção de 60 metros da orla. Sem perceber “os a favor” da Favela Chique, marcaram gol contra para o empreendimento. Esta metragem, somada com a necessidade da construção de via pública retiram do empreendimento mais de 70 metros. Sem contar que esta área de proteção decretada por lei municipal não gera direito de indenização ao proprietário. Ou seja, os aliados e defensores do projeto, por meio de um cochilo legislativo, fizeram às vezes de inimigos do empreendedor. Sobre esta trapalhada é bom ler a excelente crônica de Juremir Machado da Silva, clicando no Link A seguir:
com pouco dinheiro também se faz bonito
4. O líder do governo, o menino Walter, falando sobre a trapalhada, disse ter faltado assessoria técnica para aprovar a emenda. Fato gravíssimo, pois confessou falta de assessoria para a emenda, presume-se que esta assessoria não se fez presente na votação que aprovou o projeto por inteiro. Portanto, ele e a bancada defensora da “Favela Chique” podem ser tachados inequivocamente de “irresponsáveis”, uma vez que aprovam projetos importantes para cidade sem qualquer parecer técnico. Uma conduta irremediavelmente perigosa para o presente e futuro de nossa cidade. 5. O empreiteiro para evitar mais vexame em razão da má parceria, demonstrada por seus aliados na câmara e prefeitura e do medo de ver seu projeto execrado publicamente, no dia 09 de abril, protocolou junto à prefeitura carta pública de desistência do projeto nos moldes aprovados pela câmara.
calçadão beleza simples
Para escrever sua missiva (carta), não sabemos se copiou nosso estilo, quando ironicamente usamos o personagem “Morte de Plástico” para criticar a especulação deslavada; ou o do Juremir em “A Maldição do Pontal do Estaleiro”. Pois, o empresário em atitude tresloucada, apelou até para satanás para explicar risível estrondoso fiasco que ele, vereadores e prefeitura apresentaram para toda a cidade. Ah! Se ele viu satanás deve ter sido quando se olhou no espelho. O certo e de consenso geral é que alguns de nossos edis sentirão saudades da generosidade da BM – PAR nas próximas eleições.
isto ainda é Porto Alegre
6. Diante da desistência do empreiteiro, o prefeito Bocaça foi pego de surpresa e ficou de saia justa. Pois, está sendo pressionado por sua gente a vetar o projeto de sua própria autoria (?), aprovado por sua própria base parlamentar. Suas primeiras declarações sobre o caso dão por conta que ele não vetará o projeto, persistindo na consulta popular. Mas, consulta para quê? Se o responsável pela obra já jogou a toalha no chão para ocupação habitacional da área... Se vetar o projeto... Ficará evidente que ele é fraco e capaz se dobrar as pressões do empresariado. O que não será nenhuma novidade na vida política brasileira. Se persistir na consulta, gastará dinheiro público à toa. – É mole um negócio destes? Ou quer mais?
Com este quadro absolutamente surreal e incerto, Carbon Kid e eu, Famoso Quem(?), não baixaremos a guarda e continuaremos a campanha contra a “Favela Chique do Pontal do Estaleiro”, como se tal a consulta Popular fosse acontecer.
Para tanto, já circula no youtube o CliP: “Samba no pé, “Morte” é que é... Quer ver? Acesse o link a seguir:
"Morte de Plástico e velha Guarda da Banda da Saldanha"
2 comentários:
Muito bom!
DE fato precisamos nos defender deste conluio gestores e capital, leia mais sobre um projeto de defesa do Cais Maua da cobiça dessa camarilha em http://caismaua.blogspot.com/
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