No primeiro dia da Instalação poética, ao executar na caixa musical, a melodia “gracias a la vida”, interpretada por Elis Regina, notei que um carinha meticulosamente observava os trabalhos expostos. O fato seria normal se ele não estivesse tocando um violão imaginário (air violão). Com gestos quase precisos de um tocador, dando inclusive rodopios pelo salão, ele acompanhava entusiasticamente a canção.
Achei aquilo muito legal, tanto que comentei com o Carbon Kid. E, conversa-vai, conversa-vem; lembrei-me que tinha na minha casa um violão quebrado prestes a ser dispensado. Rapidamente pensei naquele violão com braço colado e com a cor de fundo que apliquei na a caixa musical. Com as ilustrações compulsivas do Carbon, haveríamos de transformar o violão num objeto decorativo de singular beleza.
Mais uma madrugada à dentro de trabalho para aprontar de um dia para outro uma nova peça para a instalação. A missão era colar e ao mesmo tempo aplicar várias camadas do acrílico-marfim. Suspendendo o violão num varal com o auxílio de um arame muito fino, apliquei a tinta e cola. Liguei um ventilador diretamente no violão, ele ficava girando sem parar, garantindo secagem homogênea.
O resultado foi impressionante, a cor inusitada para o violão, além de chamativa, lhe conferiu um certo ar de nobreza muito expressiva. De forma, que já no trajeto do centro à ponta do asômetro, o violão atraiu bastantes olhares curiosos.
Virou um objeto tão imponente, que depois de mostrá-lo para o Carbon Kid, não tivemos dúvidas, ele já tinha vida própria, não precisava de complementos. Com aquela cor de lençóis de linho e com as cordas que intuímos ser invisíveis (as cordas que qualquer um poderia tocar), não mereceria outro nome se não o de: “Violão Fantasma”.
A novidade rapidamente se integrou à instalação. Evidentemente, nós fomos os primeiros a aproveitar as cordas invisíveis acompanhando, em performances teatrais, alguns rockinhos, jazz, MPB, que jorravam da Caixa Musical da Salamandra Mística.
Virou um objeto tão imponente, que depois de mostrá-lo para o Carbon Kid, não tivemos dúvidas, ele já tinha vida própria, não precisava de complementos. Com aquela cor de lençóis de linho e com as cordas que intuímos ser invisíveis (as cordas que qualquer um poderia tocar), não mereceria outro nome se não o de: “Violão Fantasma”.
A novidade rapidamente se integrou à instalação. Evidentemente, nós fomos os primeiros a aproveitar as cordas invisíveis acompanhando, em performances teatrais, alguns rockinhos, jazz, MPB, que jorravam da Caixa Musical da Salamandra Mística.
O violão Fantasma fez despertar facilmente o espírito lúdico de muitas pessoas que passaram pela exposição. Sendo, que algumas, sem cerimônia qualquer, espontaneamente, sacavam o violão e sentadas no tapete ou na cadeira do poeta, saboreavam o prazer de dedilhar cordas invisíveis. As pessoas mais tímidas pediam permissão para dar uma tocadinha. Também, convidávamos as pessoas a partilhar da experiência. Muitas fotos dos violeiros foram tiradas.
Eu e Carbon Kid, aproveitamos o violão e o cenário inusitado, que criamos na usina para gravarmos alguns videos amadores. Estes já podem ser vistos no You tube. Para quem ainda não viu, são os seguintes: Carbon Kid e o Violão Fantasma 00, Carbon Kid e o Violão Fantasma 00, 01 e 02 ( Esqueletos Psicodélicos, com a participação da bailarina Larisca). Acesse bem aqui nestes lincks :
Na próxima postagem, este blog, abre passagem para o poeta Carbon Kid, que nos contará tudo a peça fundamental da Instalação Poética Pá-Pírus: “O grande papiro de 65 metros”.